Em entrevista, Djokovic revela seu único “erro”

La Razón

Depois de manter um silêncio por semanas após sua expulsão da Austrália, Novak Djokovic está preparado para dar todo tipo de explicações. A famosa entrevista à BBC foi seguida por uma aparição na televisão sérvia. Se a BBC afirmou que está disposto a sacrificar a carreira em vez de se vacinar contra a covid-19, a entrevista à RTS da Sérvia sublinha o “erro” que pode prejudicar sua imagem .

Djokovic não hesitou em oferecer reflexões muito notáveis ​​sobre o que viveu nos últimos tempos. Talvez a coisa mais nova seja a forte autocrítica que ele fez em relação à entrevista que deu ao L’Equipe sabendo que era contagioso, assumindo que era um erro grave e que pode custar-lhe muito em termos de imagem pública. Da mesma forma, o sérvio garante que alguns companheiros lhe causaram “muitos danos” e agradeceu o apoio demonstrado por Nick Kyrgios, Alexander Zverev, Alizé Cornet e Daniil Medvedev. Sobre este último, revelou que lhe enviou uma mensagem após a final com Rafael Nadal.

A mensagem de Medvedev

“Medvedev é um grande cara com quem sempre tive um bom relacionamento. Eu o ajudei muito quando ele era júnior e treinamos muito na época. Uma vez voamos para a Copa Davis e ofereci a ele para vir comigo, e ele ainda aprecia, apesar de sermos grandes rivais. Ele me escreveu 45 minutos depois da final na Austrália, e isso me surpreendeu. Eu o parabenizei pela grande batalha. Eu me vi em Medvedev porque também sou assim.”

O tenista não teve vergonha de admitir que seu grande erro foi conceder uma entrevista ao L’Equipe mesmo sabendo que estava com COVID . “Admito que foi egoísta da minha parte o que fiz, presumo que tenha sido um erro. Valorizo ​​a honestidade, sempre cresci com isso e minha intenção é ser transparente em todas as minhas ações. Eu sabia que iam falar de mim, mas não me arrependo de ter compartilhado aquelas fotos nas minhas redes sociais, não sei o que teria acontecido se não tivesse. Eu estava com a máscara o tempo todo e respeitei a distância. Não tenho nenhum problema em dizer que estava errado. Respeito a todos e sei que somos diferentes e que não existe homem sem pecado. Não espero que todos me perdoem!”

No entanto, Djokovic não dá um passo atrás quando o assunto é vacinação e mantém seus argumentos. “Tenho a mente aberta, tudo é possível nesta vida. Vamos ver como a situação evolui, embora no momento eu tenha decidido não me vacinar. Como profissional do esporte, tento verificar três vezes o que entra no meu corpo e seus efeitos. Se algo mudar em meio ponto percentual, sinto muito, não”, insistiu, referindo-se à vacinação.

Durante a entrevista, Novak garante que está motivado para “jogar melhor do que nunca”, dias antes de seu retorno às quadras para o torneio ATP 500 em Dubai, de 21 a 26 de fevereiro, após o fiasco do Aberto da Austrália, país de onde foi deportado.

“Não posso dizer que as coisas serão as mesmas quando eu voltar à quadra, mas há uma razão maior para jogar melhor do que nunca”, disse ele.

O número 1 do mundo tem demonstrado o desejo de disputar torneios ATP e Grand Slam, embora saiba que sua participação não depende apenas dele. “Vai depender dos países onde os torneios são realizados. Estarei pronto e quero continuar minha carreira”, disse Djokovic.