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Mauro alerta que saúde e educação vão perder recursos com redução do ICMS

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Da Redação

O governador Mauro Mendes afirmou ser importante a discussão que ocorre no Congresso Nacional para reduzir o ICMS dos combustíveis, mas defendeu que haja garantias da Petrobras para que o preço na bomba abaixe para o consumidor. Da forma que está proposta o Projeto de Lei Complementar (PLP) 18, os estados serão penalizados com perda de receitas que vão afetar investimentos em saúde e educação.

“Nós temos absoluta convicção de que o caminho que se pretende seguir não vai alcançar os resultados esperados. Nós vamos tirar dinheiro da saúde, dos municípios, educação e a Petrobras vai continuar aumentando os impostos. A política proposta vai destruir a produção de etanol e o biocombustível no país”, comentou o governador. Ele ainda informou que estados e municípios terão mais de R$ 100 bilhões a menos para investir em áreas como Saúde e Educação.

Mauro participou da reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na manhã desta quarta-feira (08.06), em Brasília, junto com outros governadores.

As propostas que tramitam no Congresso visam limitar o ICMS dos combustíveis a 17% e, no diesel e gás, zerar o imposto para posterior compensação do Governo Federal.

“Em Mato Grosso, já implantamos uma grande redução de ICMS. Na energia, era 27%, baixamos para 17%. Nas telecomunicações, era 30%, baixamos para 17%. No diesel baixamos de 17% para 16%, na gasolina de 25% para 23% e o etanol está em 12,5%, a menor alíquota do país”, relatou.

De acordo com Mauro, a iniciativa do Governo Federal é muito boa, pois todos os brasileiros sonham com uma carga tributária menor. Porém, se não houver alterações na proposta, há grande risco de não resolver o problema da alta dos preços e ainda causar problemas aos estados e municípios.

“Isso vai gerar uma crise fiscal nos estados e nos municípios. Se você erra a estratégia, vai tudo por água abaixo. Crise fiscal traz desconfiança, afasta investimentos e faz o dólar subir, e aí volta tudo à estaca zero”, pontuou.

Além disso, de acordo com Mauro Mendes, essa redução não traz nenhuma garantia que o preço vai abaixar na bomba e beneficiar o cidadão.

“O ICMS dos combustíveis está congelado desde o ano passado. O preço do diesel, por exemplo, o ICMS incide sobre o valor de R$ 5,20, mesmo o diesel estando acima dos R$ 7,30. E a Petrobras continuou subindo os preços. Reduzimos aqui em Mato Grosso as alíquotas, mas os preços continuaram subindo. Deixamos de arrecadar R$ 150 milhões e isso não foi para o bolso do cidadão. Quem garante que essa redução proposta agora vai chegar na bomba?”, questionou.

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