Da Redação
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), defende que as operações policiais sejam suspensas durante a campanha eleitoral para não prejudicar candidaturas. Salvo em casos de flagrante delito, o parlamentar diz que os efeitos das investigações podem ser determinantes para o resultado do pleito.
“Todas as investigações, essas operações em ano eleitoral causam impacto. Eu inclusive defendo que quando começar o período eleitoral mesmo, a não ser que seja algo flagrante, não haja operações assim que foram feitas apenas com intuito de prejudicar a eleição”, argumentou quando comentava sobre a operação Acesso Pago da Polícia Federal que resultou na prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro.
Para o deputado, a ação policial que apura tráfico de influência para liberação de recursos do Ministério da Educação por pastores a troco de ouro e compra de bíblias por prefeituras, pode trazer efeitos negativos à campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Botelho cita também como exemplo uma operação policial no estado de Goiás em 2018, uma semana antes das eleições, com cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa de senador. No caso, a operação ocorreu na casa do atual governador Marconi Perillo.
“Isso é claro incentivo de influenciar a eleição ou não poderia esperar uma semana para isso? Se havia algo do governo, uma semana antes e faz a operação? Porque não fez antes?”, questionou.