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Bolsonaro pede anistia para os réus do 8/1 e luta nacional por liberdade e democracia

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Gazeta do Povo

 

Diante de uma multidão de apoiadores na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo (16), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou confiança na aprovação do projeto de anistia dos réus do 8 de janeiro e ainda alertou para a necessidade de enfrentar a perseguição política a ele e seus seguidores em nome da democracia e da liberdade no Brasil.

“A quem não gosta de mim em Brasília, aviso: vocês não derrotaram o bolsonarismo”, discursou.

O evento, que contou com a presença de governadores, parlamentares e lideranças religiosas, teve como foco a defesa da liberdade e a anistia dos manifestantes presos.

O ex-presidente destacou os casos de mulheres presas, destacando injustiças como a de Débora dos Santos, mantida em prisão preventiva por dois anos e que pode ser condenada a 17 anos por ter pichado uma estátua com batom, e Valdete Ferreira, uma idosa sentenciada a 11 anos de cadeia.

Ele criticou as acusações de “dano qualificado” e “associação criminosa armada”, afirmando que as dezenas de detidos foram “atraídos para uma armadilha” e que suas penas são desproporcionais.

Bolsonaro voltou a acusar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de abuso de poder, afirmando que as investigações contra ele são sigilosas e motivadas por perseguição política.

“Começaram a me investigar em julho de 2021. Nos acompanharam 24 horas por dia para minar minha presidência desde então. O que querem de mim?” questionou. Ele ainda afirmou que foi tornado inelegível por razões políticas, sem envolvimento em corrupção.

O ex-presidente destacou as realizações de seu governo e argumentou que a eleição de 2022 foi marcada por interferências. “Não pudemos mostrar imagens do 7 de setembro, do cortejo da Rainha Elizabeth, das falas na ONU, muita coisa. Fui chamado de nazista, fascista, misógino e até pedófilo”, desabafou.

Ele também acusou o TSE de manipulação na campanha eleitoral, citando a “retirada de inserções de rádio” e a campanha para a habilitação de eleitores jovens de 16 e 17 anos, que, segundo ele, votaram em massa na esquerda.

Bolsonaro voltou a dizer que a manutenção de sua inelegibilidade até as eleições seria uma negação da democracia. “Se sou tão ruim assim, me derrotem nas urnas. Deixe o povo decidir”, provocou.

Malafaia chama Moraes de “criminoso” e acusação de golpe de Estado de “piada”

Organizador do ato político junto com Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia, que antecedeu o ex-presidente nos discursos, fez a exposição longa e detalhada de argumentos em favor da anistia, além de duras críticas ao STF, particularmente a Alexandre de Moraes, a quem chamou de “criminoso”.

“Estamos diante de um ditador. O inquérito das fake news é imoral e ilegal, pois criminaliza a opinião, cerceia liberdades e aniquila o devido processo legal”, afirmou.

Malafaia denunciou ainda o que chamou de “abuso de autoridade” no caso da delação de Mauro Cid e citou a negativa da Espanha em extraditar o jornalista Oswaldo Eustáquio como prova de seus argumentos de que o Brasil não respeita a liberdade de expressão.

Os governadores Cláudio Castro (RJ), Tarcísio de Freitas (SP), Jorginho Mello (SC) e Mauro Mendes (MT) marcaram presença e manifestaram apoio à anistia.

Tarcísio alertou sobre o impacto da insegurança jurídica e econômica, argumentando que “traficantes estão sendo soltos, mas cidadãos inocentes continuam presos”. Ele reiterou seu apoio à candidatura de Bolsonaro em 2026. O mesmo fez o governador fluminense.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) leu trechos bíblicos e classificou Moraes como responsável pela morte de Clezão na cadeia e “destruidor da democracia”. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) chamou a atenção para o drama dos familiares dos presos, lembrando o caso de Clezão. “O Brasil não pertence ao STF nem à esquerda, mas ao povo”, declarou.

Priscila Costa, vice-presidente do PL Mulher, falou em nome de Michelle Bolsonaro, que se recupera de uma cirurgia, e defendeu a luta pela anistia. Ela também enalteceu a figura da cabelereira que foi presa por protestar com um batom.

Essa foi a quarta grande manifestação organizada por Bolsonaro e Malafaia contra as prisões e condenações do 8 de janeiro. Em 2024, houve protestos na Avenida Paulista (25 de fevereiro), Copacabana (21 de abril) e novamente na Paulista (7 de setembro). O próximo está marcado para 6 de abril, em São Paulo.

O ato deste domingo terminou com Bolsonaro reafirmando que não fugiria do Brasil e que continuaria lutando. “Não tenho obsessão pelo poder, mas paixão pelo Brasil. Se acontecer uma covardia como essa (ser preso) comigo, continuem lutando”, declarou.

Ele comparou a situação brasileira com a da Venezuela, com a retirada forçada de cena de candidatos de oposição ao regime, e reforçou a necessidade de apoio parlamentar para aprovar a anistia. Neste sentido, revelou contar com o apoio de Gilberto Kssab, presidente do PSD, para conseguir votos do partido. Ele reconheceu Kassab como desafeto, mas o que não impediu de buscar o diálogo.

“A esquerda sempre foi beneficiada por anistia e agora é contra. O PT perdeu todas as suas bandeiras e se apega à suposta defesa da democracia”, concluiu.

 

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