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‘Canalha tem que ficar preso o resto da vida’, diz senadora; parlamentares cobram punição

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Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: Reprodução

Parlamentares mulheres representantes de Mato Grosso utilizaram as redes sociais, nesta segunda-feira (2), para externar sua indignação diante do caso envolvendo o vereador Thiago Bitencourt Lanhes Barbosa, o Dr. Thiago (PL), preso na data de hoje em Canarana (823 km a leste de Cuiabá), acusado de abuso infantil e uso de adolescentes para filmagens pornográficas. A senadora Margareth Buzetti (PSD), a deputada estadual Janaina Riva (MDB) e a presidente da Câmara de Cuiabá Paula Calil (PL) publicaram mensagens de repúdio ao político, cobrando celeridade das investigações e aplicação de medidas rígidas caso comprovadas as suspeitas.

A senadora Margareth Buzetti (PSD) repudiou a conduta pela qual o vereador é investigado e recordou que a lei de sua autoria, que criou o Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais, sancionada há 6 meses, mas ainda não foi regulamentada. Segundo ela, se a legislação estivesse sendo cumprida, parlamentares como Thiago sequer tinham sido eleitos.

“Vamos fazer esse cadastro de pedófilos e estupradores, que não é só o cadastro, a partir da primeira instância já fica o crime do cara lá, para que as mulheres possam se proteger. Pensa bem, se a lei tivesse vigente, esse cara não seria vereador, não. Ele não teria sido eleito, mas, não, a Justiça é morosa, é lenta”, argumentou.

Margareth lembrou que a legislação que prevê um banco de dados de agressores sexuais já foi aprovada, mas ainda não está sendo efetivamente implementada. “Faz 6 meses, vai para 7 meses da vigência da lei. É lamentável que a gente tenha que ler notícias como essa todos os dias”, criticou. “Se a lei tivesse vigente, esse cara não seria vereador. Ele não teria sido eleito”, apontou.

Encerrando seu desabafo, a senadora foi enfática ao classificar o acusado. “Não é um médico e vereador de Canarana, é um canalha que merece ficar preso fechado, sem direito a custódia, fiança, nada. E com o nome sujo para o resto da vida”, disse.

A deputada estadual Janaína Riva (MDB) também comentou o caso. A parlamentar disse que o fato é um “absurdo” e citou que a pedofilia “não tem cara”. “Pode ser um médico, um vereador, um deputado, um militar, pode ser qualquer tipo de profissão, até porque o pedófilo, o predador sexual, ele engana, ele faz com que você ache ele a melhor pessoa do mundo, para ganhar sua confiança”, declarou.

A deputada ainda pede que mães e pais fiquem atentos e questiona a segurança dos filhos e os riscos para a exploração sexual infantil. Ela ainda endossou que a Câmara de Canarana deve caçar o mandato do vereador, assim como o Conselho Regional de Medicina (CRM) suspenda o exercício da profissão.

“É inadmissível que um médico cometa um abuso desse, que vai contra todos os juramentos que ele fez quando se formou em medicina. Tenho certeza que ele vai continuar preso, porque é um crime grave. Não adianta soltar, ele vai cometer os mesmos abusos, os mesmos crimes que comete hoje. Minha solidariedade à família das vítimas. Soube que está aparecendo mais vítimas. E se você que foi vítima deste médico, denuncie, procure a polícia e ajude a fazer justiça por todas as crianças de Canarana e do estado de Mato Grosso”, incentivou.

A presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereadora Paula Calil (PL), do mesmo partido do investigado, declarou em sua rede social que o fato é “inaceitável” e que não poderia ficar calada diante de “uma notícia tão triste e revoltante”. Ela ainda avaliou que a prisão do vereador “é uma vergonha para todos”.

“Crimes como esse não escolhem classe, raça, partido ou posição social, podem ser cometidos por qualquer pessoa, e por isso, precisamos de penas duras e rigorosas para quem viola a dignidade de nossas crianças e adolescentes. É inadmissível que esse tipo de crime aconteça, e nossa sociedade deve se unir para combater essa violência. As políticas públicas devem ser fortalecidas, com ações de prevenção, educação e fiscalização mais efetivas. Precisamos garantir que nossas crianças estejam protegidas, que os agressores sejam punidos com toda a severidade da lei, e que casos como esse sirvam de alerta para que nesses crimes cessem de uma vez por todas não aguentamos mais”, declarou em postagem.

Prisão em flagrante

De acordo com as informações do delegado Flávio Leonardo, inicialmente, a polícia foi nos endereços do vereador para cumprir mandados de busca. Lá, encontraram materiais relacionados a abuso sexual de crianças e adolescentes, que é crime.  Flávio explicou ainda que parte do conteúdo foi gravado pelo próprio suspeito, que recebeu voz de prisão em flagrante no local. A busca foi autorizada após uma denúncia de crimes contra menores.

Além das imagens, a polícia encontrou brinquedos sexuais, roupas íntimas e peças infantis na casa do vereador. A investigação apontou que ele estava se relacionamento com uma adolescente e que a utilizava como “escrava sexual”. Além disso, a usava como instrumento para abusar sexualmente de uma criança de 2 anos. Polícia chegou em uma segunda vítima, hoje com 15 anos. Ela contou que sofre abusos do vereador desde que tinha 12 anos. No conteúdo pornográfico apreendido é possível identificar as duas vítimas.

Flávio destacou ainda que há indícios de que o vereador usava sua posição de médico – atuante na saúde municipal – para se aproximar das vítimas, especialmente as que estão em situação de vulnerabilidade. Caso segue sob investigação.

 

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