Caixa responde por 90% dos financiamentos em MT, revela superintendente em podcast

Em seu segundo episódio, o podcast Habitação em Pauta recebeu o superintendente da Caixa Econômica Federal em Mato Grosso, João Henrique Cruz, para uma conversa sobre o papel do banco no setor habitacional e os desafios do financiamento imobiliário no estado. Apresentado por Leandro Guimarães e Diogo Reis, o Habitação em Pauta é uma iniciativa pioneira voltada a debater temas estratégicos do setor imobiliário e o acesso à moradia.

Durante a entrevista, João Henrique destacou a forte atuação da Caixa em Mato Grosso, onde o banco responde por 90% dos financiamentos imobiliários realizados no estado.

O apresentador Diogo Reis questionou o superintendente sobre como Mato Grosso se posiciona no cenário nacional quando o assunto é habitação financiada pela Caixa Econômica Federal.

Em resposta, João Henrique ressaltou que, embora comparar diretamente com estados como São Paulo ou Minas Gerais – que têm populações muito maiores – esteja fora de cogitação, os números proporcionais de Mato Grosso são extremamente expressivos.

“Quando a gente olha os números proporcionais, Mato Grosso tem uma representatividade muito relevante. De cada dez unidades financiadas no estado, nove são da Caixa. Só no ano passado, foram aproximadamente 3 mil moradias financiadas pelo Minha Casa, Minha Vida, e 17 mil unidades habitacionais no total, com um investimento superior a R$ 3 bilhões aqui no estado. Então temos, sim, um papel central nessa locomotiva que é a habitação em Mato Grosso.”

João Henrique também detalhou o funcionamento do Minha Casa, Minha Vida, reforçando que a Caixa é a gestora integral do programa — desde a análise do empreendimento até a liberação dos recursos e a gestão do FGTS, que financia 100% dos contratos. O programa já entregou mais de 10 milhões de moradias em todo o país desde sua criação, em 2009.

“Habitação é o core business da Caixa. Geramos dignidade, movimentamos a economia e ajudamos as pessoas a realizarem o sonho da casa própria.”

Indagado pelo apresentador Leandro Guimarães, o superintendente também orientou sobre os primeiros passos para quem deseja obter um financiamento.

Segundo João Henrique, o primeiro passo é ter o nome limpo. Ele explica que, mesmo que o histórico de crédito não esteja perfeito, é possível negociar pendências e regularizar a situação.

“Todo mundo pode passar por dificuldades em algum momento, mas é importante saber que é possível correr atrás e resolver. Ninguém precisa ficar à margem para sempre”, afirmou.

Ele explicou ainda que há uma ferramenta que permite ao cidadão avaliar o valor das parcelas do seu futuro imóvel: o simulador disponível no site da Caixa.
“Esse é um passo importante, pois já dá uma noção clara do que cabe no orçamento. É uma simulação”, orienta.

O terceiro passo é reunir a documentação necessária, tanto do comprador quanto do imóvel escolhido. Entre os documentos exigidos estão: comprovação de renda: holerite, declaração do imposto de renda, extrato bancário ou outro documento oficial; do imóvel: matrícula, IPTU e demais documentos que comprovem a regularidade da propriedade. Se o imóvel for de uma construtora, João Henrique esclarece que geralmente já existe um dossiê pronto com toda a documentação necessária para apresentação.

Durante a entrevista, Leandro Guimarães questionou o superintendente sobre a simulação e efetivação de crédito. João Henrique explicou que a ferramenta está acessível ao público, permitindo que o interessado tenha uma ideia inicial do valor das parcelas. No entanto, ele alertou que os dados gerados são apenas uma estimativa.

“É importante reforçar que o que aparece na simulação não é garantia de aprovação do crédito. Aquilo é só uma prévia, com base nas informações de renda fornecidas pelo usuário. A Caixa calcula a prestação com base em até 30% da renda declarada, mas a efetivação do financiamento depende de uma análise cadastral completa”, esclareceu.

Segundo ele, mesmo que a simulação aponte um valor compatível com a renda, outros fatores –  como histórico de crédito, comprometimento com outras dívidas e avaliação de risco -podem interferir no resultado final da aprovação.

João Henrique também destacou que, neste ano, a Caixa passou a permitir que o cliente inicie o processo de financiamento direto pelo aplicativo Habitação Caixa, facilitando ainda mais o acesso ao crédito habitacional.

“Estamos acompanhando esse novo cenário digital e oferecendo cada vez mais soluções práticas para o cliente. Hoje, ele já consegue simular e até iniciar o processo de financiamento pelo celular”, concluiu.