CGE NEGOU CITAR DEPUTADOS
Russi exige apuração sobre vazamento de relatório da CGE e critica exposição de deputados

Durante a oitiva da Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária, em que o controlador-geral do Estado, Paulo Farias Nazareth, foi ouvido, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), cobrou oficialmente do Governo do Estado a apuração do vazamento de informações sigilosas. O controlador prestou esclarecimentos à Comissão na manhã desta quinta-feira (26).
O pedido foi registrado em ata após o controlador afirmar que o relatório de apuração da Controladoria Geral do Estado (CGE) não cita nomes de deputados nem aponta envolvimento de parlamentares em práticas criminosas relacionadas à destinação de emendas parlamentares. A CGE investiga indícios de sobrepreço na compra de kits agrícolas adquiridos via convênios com o Instituto de Natureza e Turismo Pronatur, uma Organização da Sociedade Civil (OSC).
A repercussão nacional do caso ganhou força após uma reportagem publicada pelo portal UOL, que mencionou que 14 deputados estaduais teriam destinado recursos para compras com indícios de superfaturamento, com base em informações da Polícia Civil que, por sua vez, utilizou trechos do relatório da CGE.
“Quero encaminhar à nossa Secretaria-Geral que a Assembleia Legislativa exige do governador que ele determine a apuração do vazamento dessas informações. Solicito que seja elaborado um documento oficial da Assembleia ao Governo do Estado, cobrando que ele conduza a investigação e apresente uma resposta formal sobre quem vazou o relatório e como isso ocorreu”, declarou Max Russi durante a reunião.
O presidente da Casa também reforçou que não se opõe a investigações, mas condenou o uso de informações incompletas ou mal interpretadas para atacar a imagem de parlamentares. “Quero que a apuração seja feita, mas não podemos aceitar acusações levianas. Que tudo seja investigado de forma transparente. Uma informação, quando reproduzida de forma irresponsável por órgãos que têm a confiança da sociedade, pode acabar com a história de uma pessoa”, afirmou.