PREOCUPAÇÃO
Vereador critica lentidão na gestão Abilio e alerta para impacto econômico em Cuiabá
Da Redação

O vereador Daniel Monteiro (Republicanos) fez duras críticas à gestão do prefeito Abilio Brunini na manhã desta terça-feira (1º). Ele apontou falhas no planejamento da administração municipal, cobrou responsabilidade na alocação de recursos e denunciou a morosidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, que, segundo ele, já afeta diretamente o setor da construção civil.
“Eu sempre digo que, numa gestão de quatro anos, como é do Executivo no Brasil, você tem que se balizar no primeiro ano pra traçar aquilo que você vai fazer nos três anos subsequentes. Porque o primeiro ano é o ano de planejamento, de dizer o que eu quero fazer e arrumar a casa”, afirmou Monteiro.
O parlamentar destacou ainda que, com o fim do decreto de calamidade pública (em 30 de junho), a prefeitura precisará cumprir integralmente seus compromissos fiscais. “Agora os compromissos terão que ser honrados na sua integralidade, e a Lei de Responsabilidade Fiscal voltará a prevalecer nos seus termos reais”, disse.
Monteiro alertou ainda quanto aos impactos da ‘morosidade’ da Secretaria de Meio Ambiente na emissão de alvarás e pareceres técnicos, o que, segundo ele, tem travado projetos importantes para a cidade. “Existe uma secretaria que aparentemente ainda não tem um fluxo estabelecido, como o Meio Ambiente, por exemplo. A construção civil tem reclamado, inclusive com relatos de como isso tem afetado até mesmo os cofres públicos”, afirmou.
Ele revelou que uma grande construtora instalada na capital já anunciou que não fará nenhum lançamento no segundo semestre. “Pela primeira vez em mais de uma década, essa empresa não fará lançamento nem orçamentos neste semestre. Isso, pra ele, é grave, dada a burocracia e a lentidão dessa pasta”, relatou.
Segundo o vereador, cerca de 250 famílias podem ser diretamente impactadas pela paralisação dos projetos da empresa. “Essas famílias dependem desses empreendimentos para garantir seu sustento”, pontuou.
Monteiro também comparou a gestão pública à administração de um lar, defendendo cortes em áreas secundárias e investimentos nas prioritárias. “Você não vai economizar com comida, com a educação dos seus filhos, com saúde. O primeiro lugar onde você vai economizar, se precisar cortar gastos na sua casa, é com superficialidades. Assim como na prefeitura: se for pra economizar, tem que ter responsabilidade fiscal até pra ter caixa”, disse.
Ele defendeu que áreas estratégicas, como Meio Ambiente, Educação e Saúde, devem ser fortalecidas. “É fundamental cortar superficialidades, não naquilo que é mais venal pra atuação da prefeitura, como é a equipe técnica do Meio Ambiente, que autoriza obras, gera renda e empregos formais.”