The news is by your side.

FARIA DE NOVO

Emanuel rebate críticas na CPI e diz que contrato da CS Mobi é vantajoso para Cuiabá

Kamila Araújo

0
RTV Outdoor 1260px X 120px

O ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou que não se arrepende de ter firmado o contrato de cerca de R$ 654 milhões com a CS Mobi para a concessão do serviço de estacionamento rotativo na Capital. A declaração foi dada nesta segunda-feira (7), durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Estacionamento Rotativo, instaurada na Câmara Municipal. O contrato foi assinado por meio de uma parceria público privada em 2023, sendo a primeira aplicada à capital.

Segundo Emanuel, os investimentos previstos no contrato, como a reforma completa do Mercado Municipal Miguel Sutil e a revitalização dos calçadões do Centro Histórico, assim como a modernização de abrigos de ônibus, estimados em R$ 145 milhões, justificam a parceria.

“Isso é absolutamente irrisório. E depois de 30 anos, o patrimônio que vai ficar para Cuiabá? Parece que o mundo vai acabar em 2054. […] É claro que o município tem que investir, tem que pagar, é uma PPP. A empresa vai investir em torno de R$ 154 milhões, o município, cerca de R$ 829 milhões e, evidentemente, com base na Selic, como está no contrato transparente, a empresa terá 12% de lucro ao longo de 30 anos e depois devolve os ativos ao município”, declarou o ex-prefeito.

Durante a oitiva, Emanuel afirmou ainda que assinaria novamente o contrato, mesmo que o valor total fosse três vezes maior. “R$ 1,154 milhão por mês para um município que arrecada R$ 5 bilhões? Eu faria o triplo, pelo bem que isso vai trazer à cidade. O município tem condições de pagar e vai transformar o Centro Histórico. Isso vai devolver o Centro Histórico para a população cuiabana”, completou.

O ex-gestor também garantiu que não houve qualquer irregularidade no processo de contratação da empresa. “Fomos extremamente corretos e justos, prezando pela vantajosidade ao município”, defendeu.

Apesar das justificativas de Emanuel, os vereadores integrantes da CPI questionam o contrato, principalmente pelo pagamento mensal de R$ 650 mil à CS Mobi, valor que pode chegar a R$ 2 milhões por mês após seis anos de contrato, devido à previsão de reajuste. Além disso, o contrato permite a cobrança do estacionamento rotativo da população.

Emanuel, no entanto, rebate as críticas e argumenta que os recursos arrecadados com o estacionamento vão diretamente para o caixa do município. Ele também frisou que, em uma parceria público-privada (PPP), o investimento não cabe apenas à empresa privada.

“Tudo isso foi feito com base em um grande estudo técnico. Equipes econômicas trabalharam, cálculos foram feitos, e nós estabelecemos um limitador de R$ 2 milhões a partir do sexto ano. Cuiabá tem total capacidade de arcar com isso. O retorno para a cidade será muito maior. Ah, mas a empresa vai ter lucro? É claro que vai. Está previsto em contrato, com total transparência, vinculado à margem Selic”, afirmou.

A CPI do Estacionamento Rotativo foi aberta em fevereiro deste ano e prorrogada no mês passado. A comissão apura a legalidade e a transparência do contrato entre a Prefeitura de Cuiabá e a CS Mobi, incluindo o pagamento mensal à empresa e a fiança dada pela Prefeitura em um financiamento da CS Mobi junto ao Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).

Outros pontos investigados pela comissão incluem o cumprimento das obrigações contratuais pela empresa, como a revitalização do Centro Histórico e do Mercado Municipal Miguel Sutil, além da apuração de possíveis irregularidades, como sobrepreço, descumprimento de cláusulas contratuais e eventuais prejuízos aos cofres públicos.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você está ok com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceitarconsulte Mais informação