ESCALARAM MURO
Secretário apura fuga de detentos na PCE e promete responsabilização de envolvidos
Patrícia Neves

Após a fuga de dois detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, no último sábado (5), o secretário de Justiça e Segurança Pública, Victor Hugo Bruzulato, afirmou na manhã desta segunda-feira (7), que um procedimento interno já foi instaurado para apurar o caso e que medidas corretivas estão em curso. Os fugitivos foram identificados como Christopher Allef de Oliveira Santana, de 24 anos, e Henrique Darlan de Oliveira Mello, de 23 anos, e seguem foragidos.
Segundo Bruzulato, a fuga ocorreu em um setor específico da unidade destinado a detentos que têm autorização judicial para trabalho externo, e não nos raios de segurança máxima. “Não minimiza, obviamente, a gravidade, mas esses presos estavam numa parte da penitenciária destinada a trabalhadores que já têm permissão de saída. Lamentavelmente, foi nesse setor que a fuga ocorreu”, explicou.
O secretário informou que a Corregedoria da Secretaria já abriu procedimento para apuração dos fatos ainda no fim de semana e que há indícios de que os fugitivos tenham escalado uma estrutura nos fundos da penitenciária. “A perícia foi feita no local. Agora, o trabalho é técnico, com investigação e apuração rigorosa. Se alguém cometeu irregularidades, será devidamente responsabilizado”, completou.
Em entrevista nesta segunda-feira (7), o governador Mauro Mendes também se manifestou sobre o episódio e reconheceu falhas no sistema. Ele prometeu rigor na apuração e responsabilização dos envolvidos. “Alguém errou”, disse.
Bruzulato destacou ainda que o Estado vem fazendo investimentos significativos no sistema penitenciário. “Já são mais de 600 policiais penais nomeados e formados durante a gestão do governador Mauro Mendes. Há investimentos não só em efetivo, mas também em estrutura, melhores condições de trabalho, equipamentos e tecnologia para garantir que os servidores desempenhem suas funções com segurança e eficiência”, afirmou.
Apesar disso, o secretário frisou que os avanços não servem como justificativa para a falha registrada. “Isso não é desculpa. O fato aconteceu e vamos, com muita celeridade e responsabilidade, apurar completamente as circunstâncias. E se, porventura, alguém errou, será responsabilizado”, concluiu.
Além da apuração, o governo já discute medidas para reforçar a segurança no sistema prisional, incluindo um novo edital para a contratação de mais policiais penais, dentro do planejamento de expansão e modernização da força de segurança.