AÇÃO DELIBERADA
Dilemário acusa Emanuel de favorecer empresa com R$ 8,6 mi e elenca improbidade administrativa
Patrícia Neves

O vereador Dilemário Alencar (União) fez duras críticas ao ex-prefeito Emanuel Pinheiro após a oitiva realizada na tarde desta segunda-feira (8), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o contrato do estacionamento rotativo em Cuiabá. Para o parlamentar, as ações do ex-gestor configuram improbidade administrativa ao utilizar recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) como garantia para beneficiar a Concessionária CS Mobi, empresa que opera o sistema na capital.
“Quando desconsiderou um parecer do seu procurador-geral à época, em que ele fez um parecer dizendo que o prefeito não poderia fazer um termo aditivo para dar como garantia recursos do FPM, que pertencem à Prefeitura, para que a empresa do estacionamento rotativo pudesse fazer bloqueios. Esse procurador veio na CPI e deixou muito clara essa situação”, declarou Dilemário.
Segundo ele, a decisão de Emanuel possibilitou que a empresa tivesse acesso a R$ 8,6 milhões, com apoio de parte dos vereadores. “O ex-prefeito Emanuel influenciou os vereadores de forma que a empresa do estacionamento rotativo abocanhou R$ 8,6 milhões de recursos do FPM. Isso configura, sim, improbidade administrativa”, disparou.
Dilemário lembrou ainda que o atual prefeito Abílio Brunini ingressou na Justiça para suspender os efeitos do termo aditivo e obteve decisão favorável. “O Judiciário deu a aquiescência, de forma que não há mais bloqueios no FPM”, acrescentou.
Na avaliação do vereador, houve uma atuação deliberada de Emanuel Pinheiro em favor da empresa concessionária. “O tempo inteiro a gente percebe que o ex-prefeito Emanuel Pinheiro jogou para beneficiar essa empresa do estacionamento rotativo. Ele entrou na Justiça para acabar com a isenção, a gratuidade para os idosos e pessoas com deficiência. Ele fez essa articulação para que essa empresa pudesse ganhar os R$ 8,6 milhões do FPM”, completou.