The news is by your side.

JÚRI EM ANDAMENTO

Juíza nega pedido de insanidade mental de policial acusado de tentativa de homicídio

Kamila Araújo

0
RTV Outdoor 1260px X 120px

A juíza Laura Dorilêo Cândido, do Núcleo de Atuação Estratégica (NAE), indeferiu o pedido da defesa do policial militar Ricker Maximiano para instauração de um incidente de insanidade mental. Para a magistrada, o pedido tinha o único objetivo de  adiar o julgamento por Júri Popular, que ocorre nesta terça-feira (8), no qual o PM é réu por tentativa de homicídio contra um adolescente de 17 anos no ano de 2018.

“Evidencia comportamento processual voltado à postergação do feito, sem que, contudo, haja fundamento jurídico idôneo a justificar tais pleitos”, afirmou a juíza.

A defesa do policial apresentou atestados médicos e um laudo psiquiátrico que apontaria um diagnóstico de esquizofrenia paranoide, argumentando que o transtorno comprometeria a capacidade de Ricker compreender seus atos e responder criminalmente.

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) em sua manifestação, contudo, rebateu a alegação, destacando que o réu nunca apresentou indícios de transtornos mentais ao longo do processo e que vinha participando normalmente dos atos judiciais.

A juíza concordou com o MP e reforçou que não há qualquer indício de que, à época do crime de 2018, o policial não tivesse plena capacidade de entendimento. Segundo a magistrada, os documentos apresentados não fazem ligação direta entre o suposto quadro psiquiátrico e a capacidade do réu de compreender a gravidade dos atos que cometeu.

“Não há nos autos elementos que comprovem de forma objetiva e concreta qualquer comprometimento da saúde mental do acusado no momento do crime. Tampouco o material anexado pela defesa estabelece relação entre o diagnóstico apresentado e a incapacidade de discernimento sobre o caráter ilícito da conduta”, pontuou Laura Dorilêo.

Com a negativa da Justiça, o julgamento segue conforme o previsto. O júri está sendo realizado no Fórum de Cuiabá. Até o momento, as cinco testemunhas de acusação foram ouvidas. São previstos mais cinco depoimentos pela defesa.

A previsão é de que o julgamento do PM Ricker termine até 19h.

O crime

Conforme a denúncia, o crime ocorreu após o jovem e outros três rapazes presenciarem uma discussão entre o policial e sua então namorada. O caso aconteceu em junho, e na época, a vítima estaria indo para casa ao lado de dois amigos, também adolescentes, na Avenida General Melo, quando passou ao lado de Ricker, que estava discutindo com a então namorada da época.

O PM atirou pelas costas e atingiu um dos adolescentes. Devido à gravidade do ferimento, a vítima precisou passar por uma cirurgia de emergência e, atualmente, faz uso de uma sonda para urinar.

Feminicidio

O militar voltou a ser preso, no mês passado, desta vez por ser o principal acusado de assassinar sua esposa, Gabrieli Daniel de Souza, de 31 anos. O crime aconteceu na casa do casal, no bairro Praeirinho, em Cuiabá.

O militar atirou contra a esposa dentro de casa e fugiu do local levando a filha do casal e a arma usada no crime. Vizinhos relataram ter ouvido disparos e, em seguida, viram o suspeito deixando a residência com a criança. Após o crime, Ricker passou na casa dos pais, onde deixou a filha e a arma de fogo. Ele foi preso logo depois.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você está ok com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceitarconsulte Mais informação