
O dólar encerrou a sessão desta quarta-feira (9/7) em forte alta frente ao real, impulsionado por declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ameaçou abertamente o Brasil e disse que vai anunciar novas tarifas comerciais sobre produtos do país.
Dólar
- O dólar encerrou o dia em alta de 1,06%, negociado a R$ 5,503.
- Na cotação máxima da sessão, o dólar bateu justamente R$ 5,503. A mínima foi de R$ 5,449.
- Na véspera, o dólar fechou em queda de 0,59%, cotado a R$ 5,445.
- Com o resultado, a moeda norte-americana acumula ganhos de 1,28% em julho e perdas de 10,82% frente ao real em 2025.
Ibovespa
- O Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações negociadas na Bolsa de Valores do Brasil (B3), fechou em forte queda.
- O índice terminou o pregão despencando 1,31%, aos 137,4 mil pontos.
- No dia anterior, o indicador fechou em baixa de 0,13%, aos 139,3 mil pontos.
- Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula perdas de 0,98% no mês e ganhos de 14,53% no ano.
Trump ameaça taxar o Brasil
Nesta quarta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que vai aplicar uma nova taxa sobre o Brasil. As tarifas devem ser anunciadas, no máximo, até quinta-feira (10/7). A declaração foi feita durante reunião com líderes do Gabão, Guiné-Bissau, Libéria, Mauritânia e Senegal na Casa Branca.
“O Brasil não tem sido bom para nós. Nada bom, aliás. Vamos divulgar um número para o Brasil no final da tarde ou amanhã de manhã”, disse Trump ao ser questionado sobre novas taxas.
O presidente dos EUA não deixou claro quais setores brasileiros podem ser atingidos pelas novas medidas e se elas serão uma continuidade do tarifaço de abril, quando as importações do Brasil foram taxadas em 20%.
Na terça-feira (8/7), Trump já tinha confirmado taxas extras de 10% para todos os países do Brics e para as nações que se aproximassem do bloco de economias emergentes. Nas palavras do mandatário norte-americano, o grupo foi “criado para desvalorizar” o dólar, ou seja, seria uma ameaça direta aos interesses dos EUA.
Ainda nesta quarta, Trump publicou cartas enviadas a parceiros comerciais, oficializando o início das tarifas recíprocas impostas por ele desde o início do segundo mandato. As taxas variam de 25% a 40%.