Estado avalia solução definitiva para o Portão do Inferno e deve apresentar decisão em até 15 dias

Em 15 dias será  apresentada a solução definitiva para a região do Portão do Inferno, na rodovia MT-251, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães. A área é marcada por riscos geológicos e constantes deslizamentos, e chegou a ser interditada no ano passado.

“Eu acho que a gente tem que ter um pouquinho de calma. Nós não tivemos mudança ainda. Fizemos os estudos preliminares, licitamos a obra, aprovamos nos órgãos ambientais, fizemos os resgates arqueológicos, da flora e da fauna. Só depois disso tudo conseguimos acessar o topo do morro, onde ficou evidente a complexidade do terreno”, explicou o secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira, na manhã desta sexta-feira (180.

Marcelo destacou que o uso de manta de concreto seria necessário para manter a estabilidade do talude, diante da proibição de plantio de vegetação não nativa nas encostas, conforme restrição imposta na licença ambiental.

“Quando deram a licença ambiental, proibiram importação de material e plantio que não fosse nativo. Tivemos muito problema. Agora, estamos buscando uma solução, e se Deus quiser, dentro de uns 15 a 20 dias, a gente deve estar com essa solução pronta para dar continuidade”, afirmou.

A decisão pela construção de um túnel se baseia em avaliações feitas após o avanço das intervenções no local, que permitiram um diagnóstico mais preciso da situação geotécnica da encosta.

A obra é considerada estratégica para a segurança viária e para o turismo em Chapada dos Guimarães. O tráfego no local permanece sob monitoramento, com intervenções pontuais enquanto a solução definitiva não é implementada.

Atualmente, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística trabalha na elaboração do anteprojeto de engenharia, para realizar a licitação para contratação integrada de uma empresa. A expectativa é que o edital seja publicado em agosto deste ano.

Inicialmente, o Governo havia decidido pelas obras de retaludamento como solução para os deslizamentos de terra na área. Entretanto, no último dia 27, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), anunciou a nova medida, que levou em consideração pareceres técnicos emitidos pelo ICMBio e pelo Ibama.