ÓRGÃO INDEPENDENTE
Ex-presidente da FMF é acusado de utilizar cargo para beneficiar o Cuiabá e vira alvo da Comissão de Ética; cartola nega

Pedro Coutinho – Olhar Direto
O ex-presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) Aron Dresch é alvo de processo administrativo da Comissão de Ética do Futebol Brasileiro, instaurado para apurar denúncia de que ele se manteve como gestor da entidade ao mesmo tempo que detém participação no Cuiabá SAF. Acusação feita no último dia 14 aponta que Dresch cometeu infração ao Código de Conduta do Futebol Brasileiro (CECFB). A comissão é um órgão independente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), sendo responsável por apurar e punir infrações éticas no esporte.
Procurado pela reportagem, Aron afirmou que ficou intrigado com o momento pela qual a denúncia foi ofertada, em época de pré-eleição pela presidência da entidade, bem como porque a Comissão poderia ter feito tal questionamento ao longo dos anos em que ele presidia a Federação. Ele também negou todas as acusações, afirmando que jamais integrou a administração do Dourado, tampouco exercendo função executiva enquanto presidiu a FMF.
Já o presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, respondeu ao Olhar Direto afirmando que o time foi notificado e que já está em tratativas com o seu setor jurídico para resolver a situação.
Cartolas em guerra e eleições suspensas
A eleição da nova presidência da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) foi novamente suspensa no início deste mês, após pedido da chapa Progresso no Futebol, liderada por Aron Dresch. O grupo contestou o novo edital que previa o reinício do processo eleitoral do zero.
A FMF, sob intervenção de Luciano Hocsman, informou que Dresch interpôs recurso em 4 de julho contra decisão da Comissão Eleitoral Independente, que em 25 de junho determinou novo edital, novo calendário e observância ao estatuto da entidade. Na prática, a comissão decidiu recomeçar todo o processo.
A Chapa Progresso, que já havia se inscrito no processo interrompido por decisão do TJMT diante de suspeitas de fraude, pediu que a FMF não publique novos editais. Por isso, Hocsman suspendeu o novo edital, já que uma possível decisão favorável ao recurso de Dresch pelo Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA) pode invalidar qualquer calendário futuro.
O pleito, originalmente marcado para 3 de maio, foi suspenso judicialmente por irregularidades. Em 25 de junho, a comissão do CBMA decidiu reiniciar as eleições, o que agora foi novamente interrompido.
Dois nomes disputam a presidência: Aron Dresch, ligado ao Cuiabá e buscando o terceiro mandato; e João Dorileo Leal, do Mixto, à frente da chapa “Federação Para Todos”. Há ainda articulações por uma terceira via, possivelmente liderada pelo ex-diretor Humberto Frederico.
Na assembleia do CBMA, estavam presentes o advogado da FMF, Leonardo Costa, e os membros do Comitê de Prevenção e Resolução de Disputas (CPRD): Tathiana de Carvalho Costa (presidente), Luciano Hostins e Alexandre Servino Assed. Foi reconhecido que os prazos anteriores não poderiam ser retomados automaticamente, e determinou-se a elaboração de novo edital em 10 dias, com cronograma atualizado, observando a disponibilidade da FMF e da Comissão.
A Hocsman caberia publicar o novo edital com os prazos de inscrição, análise, impugnação e homologação das chapas, respeitando o Regulamento Eleitoral – o que não ocorrerá, por ora, devido ao recurso.
A Comissão e o Interventor entenderam que o cronograma original (art. 8º do Regulamento), com prazos até 30 de abril e assembleia em 3 de maio, era insuficiente para garantir contraditório e adequada instrução.
A 4ª Vara Cível de Cuiabá suspendeu a eleição após constatar vícios como violações estatutárias, assinaturas forjadas e possível compra de votos. A votação de 3 de maio chegou a ocorrer, mas foi questionada judicialmente por uma associação devido a irregularidades na condução do pleito por Dresch.
Em 30 de maio, as partes encerraram a disputa judicial após acordo: mantiveram as chapas Aron x Leal e delegaram o processo ao CBMA, instância prevista no estatuto. Em 16 de maio, a juíza Ana Cristina Silva Mendes autorizou o ingresso do Ministério Público do Estado (MPE) no caso.
Procurado pela reportagem, Aron afirmou que ficou intrigado com o momento pela qual a denúncia foi ofertada, em época de pré-eleição pela presidência da entidade, bem como porque a Comissão poderia ter feito tal questionamento ao longo dos anos em que ele presidia a Federação. Ele também negou todas as acusações, afirmando que jamais integrou a administração do Dourado, tampouco exercendo função executiva enquanto presidiu a FMF.
Já o presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, respondeu ao Olhar Direto afirmando que o time foi notificado e que já está em tratativas com o seu setor jurídico para resolver a situação.
Cartolas em guerra e eleições suspensas
A eleição da nova presidência da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) foi novamente suspensa no início deste mês, após pedido da chapa Progresso no Futebol, liderada por Aron Dresch. O grupo contestou o novo edital que previa o reinício do processo eleitoral do zero.
A FMF, sob intervenção de Luciano Hocsman, informou que Dresch interpôs recurso em 4 de julho contra decisão da Comissão Eleitoral Independente, que em 25 de junho determinou novo edital, novo calendário e observância ao estatuto da entidade. Na prática, a comissão decidiu recomeçar todo o processo.
A Chapa Progresso, que já havia se inscrito no processo interrompido por decisão do TJMT diante de suspeitas de fraude, pediu que a FMF não publique novos editais. Por isso, Hocsman suspendeu o novo edital, já que uma possível decisão favorável ao recurso de Dresch pelo Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA) pode invalidar qualquer calendário futuro.
O pleito, originalmente marcado para 3 de maio, foi suspenso judicialmente por irregularidades. Em 25 de junho, a comissão do CBMA decidiu reiniciar as eleições, o que agora foi novamente interrompido.
Dois nomes disputam a presidência: Aron Dresch, ligado ao Cuiabá e buscando o terceiro mandato; e João Dorileo Leal, do Mixto, à frente da chapa “Federação Para Todos”. Há ainda articulações por uma terceira via, possivelmente liderada pelo ex-diretor Humberto Frederico.
Na assembleia do CBMA, estavam presentes o advogado da FMF, Leonardo Costa, e os membros do Comitê de Prevenção e Resolução de Disputas (CPRD): Tathiana de Carvalho Costa (presidente), Luciano Hostins e Alexandre Servino Assed. Foi reconhecido que os prazos anteriores não poderiam ser retomados automaticamente, e determinou-se a elaboração de novo edital em 10 dias, com cronograma atualizado, observando a disponibilidade da FMF e da Comissão.
A Hocsman caberia publicar o novo edital com os prazos de inscrição, análise, impugnação e homologação das chapas, respeitando o Regulamento Eleitoral – o que não ocorrerá, por ora, devido ao recurso.
A Comissão e o Interventor entenderam que o cronograma original (art. 8º do Regulamento), com prazos até 30 de abril e assembleia em 3 de maio, era insuficiente para garantir contraditório e adequada instrução.
A 4ª Vara Cível de Cuiabá suspendeu a eleição após constatar vícios como violações estatutárias, assinaturas forjadas e possível compra de votos. A votação de 3 de maio chegou a ocorrer, mas foi questionada judicialmente por uma associação devido a irregularidades na condução do pleito por Dresch.
Em 30 de maio, as partes encerraram a disputa judicial após acordo: mantiveram as chapas Aron x Leal e delegaram o processo ao CBMA, instância prevista no estatuto. Em 16 de maio, a juíza Ana Cristina Silva Mendes autorizou o ingresso do Ministério Público do Estado (MPE) no caso.