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POPULISMO

Gilberto Figueiredo critica oportunismo político sobre a Santa Casa e dispara “não existe solução mágica”

Patrícia Neves e Maryelle Campos

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O secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, criticou duramente o que chamou de “oportunismo político” diante do fechamento do Hospital  Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. A fala do secretário ocorre após o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT), o “Emanuelzinho”, apresentar ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, um pedido para que o Governo Federal assuma a gestão da unidade hospitalar.

A proposta, entregue na última quinta-feira (10), visa incluir a Santa Casa no programa federal “Agora Tem Especialista”, que troca dívidas de hospitais por oferta de serviços médicos. Padilha afirmou que analisará o pedido com atenção, mas Gilberto Figueiredo demonstrou ceticismo quanto à real disposição do governo federal em assumir responsabilidades concretas.

“Se o Ministério da Saúde quer ajudar, que faça da maneira correta. O município já se manifestou interessado em receber apoio. Nada mais justo do que procurar diretamente o prefeito, que tem gestão plena da saúde em Cuiabá”, afirmou Figueiredo.

O secretário pontuou que o momento é de seriedade, não de discursos políticos, especialmente diante do apelo social causado pela situação da Santa Casa.

“Quando surge esse tipo de crise, parece que todo mundo aparece com a solução mágica. Então, que apresentem essa solução. O Ministério da Saúde pode e deve aportar os recursos necessários, se realmente quiser ajudar. Mas ajuda de verdade, não só discurso”, cobrou.

Figueiredo também lembrou que o Governo do Estado está, neste momento, construindo cinco grandes hospitais em Mato Grosso, todos com recursos próprios, sem quase nenhum aporte federal.

“Tirando o Hospital Júlio Müller, que é federal, os demais estão sendo construídos com dinheiro do governo estadual. Nem 1% dos recursos desses hospitais veio do governo federal. Então, ajuda financeira é sempre bem-vinda, mas sem populismo. Estamos tratando de um assunto sério”, frisou.

O secretário ainda destacou que, como vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e membro da Comissão Intergestores, jamais recebeu qualquer sinalização oficial do Ministério da Saúde sobre o envio de recursos para a Santa Casa ou mesmo para o Hospital Central, cuja solicitação também foi ignorada.

“Quando solicitei apoio financeiro para o Hospital Central, a resposta que recebi foi de que os recursos já poderiam ser viabilizados via emendas parlamentares. Até o momento, não houve nenhum gesto concreto por parte do Ministério”, concluiu. O gestor assegurou que nenhum paciente será prejudicado com a medida e frisou que o custo de manutenção do prédio é muito alto, além dos problemas para contratualização de serviços.

O governador Mauro Mendes (União) já reiterou  a decisão pela descontinuidade das atividades da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá com a transferência de todos os serviços para o Hospital Central, que será inaugurado até o mês de dezembro e terá administração executada pelo Hospital Albert Einstein.

 

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