Acompanhe nossas noticias

The news is by your side.

ESQUEMA COM ÁLVARAS

Alvo da Sepulcro, advogado é preso ao chegar para representar a OAB; delegado diz “a conta sempre chega”

Patrícia Neves e Maryelle Campos

0
RTV Outdoor 1260px X 120px

O advogado Rodrigo Moreira Marinho, um dos alvos da Operação Sepulcro Caiado, foi preso na manhã desta quarta-feira (30) no momento em que chegava ao local das diligências para representar o Tribunal de Defesa das Prerrogativas da OAB-MT. Ele seria responsável por acompanhar o cumprimento dos mandados judiciais contra advogados investigados na operação, mas acabou preso por ordem judicial ao ser identificado como integrante do esquema fraudulento que desviou mais de R$ 21 milhões do Judiciário mato-grossense. Ao chegar à sede da Delegacia Especializada em Estelionatos, ele preferiu manter o silêncio. O advogado também teve o aparelho celular apreendido.

A prisão ocorreu sem resistência, segundo a Polícia Civil. Após a detenção, Marinho foi conduzido à sua residência, onde também foi cumprido mandado de busca e apreensão. Em seguida, ele foi encaminhado à Delegacia de Estelionato, em Cuiabá.

De acordo com o delegado Pablo Carneiro, responsável pelas investigações, a prisão do advogado evidencia o avanço das apurações e reforça que ninguém envolvido no esquema ficará impune. Ele reafirmou que os envolvidos no esquema, no prazo de três dias, serão ouvidos. Ainda nesta quarta-feira (30), os advogados irão passar por audiência de custódia.

“A gente não sabe o que passa na cabeça desse povo, mas a gente sempre diz que a conta chega. Pode demorar um ano, dois anos, mas ela chega. E agora, com o aprofundamento das investigações na segunda fase e em parceria com o Tribunal de Justiça, vamos ter mais tranquilidade para fazer um pente-fino. Se houve alguma mudança no esquema, isso também será identificado. Outras pessoas ainda podem ser responsabilizadas nas próximas fases”, afirmou.

A Operação Sepulcro apura um esquema de fraudes processuais que envolvia o ajuizamento de ações judiciais simuladas, uso de procurações falsas, comprovantes de depósitos forjados e o desvio de valores da conta única do Tribunal de Justiça. O esquema contava com o envolvimento direto de advogados, empresários e um servidor do TJ, que está foragido.

Até o momento, 11 mandados de prisão preventiva foram cumpridos, além de dezenas de buscas, bloqueios de bens, sequestros de imóveis e veículos, e quebra de sigilos bancário e fiscal dos investigados.

A Polícia Civil não descarta novas fases da operação, com mais prisões e desdobramentos, à medida que avança na análise das movimentações financeiras e comunicações dos investigados.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você está ok com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceitarconsulte Mais informação