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Servidor do TJ segue foragido e novas fases da Operação Sepulcro serão efetuadas; Fraude supera R$ 21,7 mi

Patrícia Neves e Maryelle Campos

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A Operação Sepulcro, deflagrada nesta quarta-feira (30) pela Polícia Civil de Mato Grosso e pelo Tribunal de Justiça (TJMT), deve avançar para novas fases nos próximos dias. A informação foi confirmada pelo delegado Pablo Carneiro, responsável pela investigação, que revelou que um servidor do próprio Judiciário, apontado como peça-chave no esquema de fraudes, segue foragido.

O servidor é suspeito de atuar diretamente na movimentação irregular de valores da conta única do TJMT para processos simulados, permitindo que a organização criminosa levantasse alvarás milionários com comprovantes de depósito falsificados.

“Esse servidor, que está foragido, tinha acesso à conta única do Tribunal, onde ficam valores antigos de processos parados. Ele transferia esses recursos para processos forjados, o que criava saldo fictício e permitia a liberação de alvarás. Foi o único dos alvos que ainda não conseguimos prender”, explicou Valente.

A quadrilha, formada por empresários, advogados e o servidor, atuava com ações judiciais falsas, utilizando procurações fraudadas e documentos falsos para simular cobranças e quitações de dívidas. As vítimas, em sua maioria, sequer sabiam da existência dos processos e só descobriam o golpe ao tentarem movimentar suas contas bancárias, bloqueadas judicialmente por determinação dessas ações manipuladas.

Até o momento, a Polícia Civil já identificou 17 processos fraudulentos, que somam mais de R$ 11 milhões em prejuízos, mas levantamentos preliminares indicam que os desvios podem ultrapassar os R$ 21 milhões. Diante da gravidade, o Judiciário determinou o bloqueio imediato de bens e contas bancárias dos envolvidos, além do sequestro de veículos e imóveis.

“Já iniciamos a análise da movimentação bancária dos investigados desde 2017, além do cruzamento de dados fiscais e das comunicações por telefone. As informações obtidas vão alimentar uma nova linha de investigação e dar base para novas ações que serão deflagradas”, afirmou o delegado.

A Operação Sepulcro é apenas a primeira etapa de um inquérito complexo que deve ter novos desdobramentos nos próximos meses. A Polícia já confirmou que novos alvos e medidas judiciais estão em fase de planejamento, incluindo novos mandados de prisão, busca e apreensão, além de quebras de sigilo.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso reiterou, por meio de nota, que está colaborando integralmente com as investigações e que adotará procedimentos disciplinares internos contra servidores envolvidos.

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