STJ assume investigação de fraude de R$ 21 milhões no Judiciário de MT

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) avocou o inquérito que culminou na Operação Sepulcro Caiada, deflagrada na manhã desta quarta-feira (30) pela Polícia Civil, que apura um esquema de fraude processual que culminou no desvio de R$ 21 milhões dos cofres do poder Judiciário de Mato Grosso.

A decisão se dá devido ao envolvimento de pessoas ligados a magistrados, que possuem foro por prerrogativa de função. Com isso, toda documentação colhida em buscas e apreensões realizadas hoje, serão submetidos a Polícia Federal, que dará andamento na investigação.

Foram cumpridos de 160 medidas, sendo11 prisões preventivas, 22 mandados de busca e apreensão, além de 16 ordens de bloqueio de bens que somam mais de R$ 21,7 milhões. Também foram determinadas 46 quebras de sigilo bancário e fiscal, além do sequestro de 18 veículos e 48 imóveis. As ações ocorrem em Cuiabá, Várzea Grande e em Marília, no interior de São Paulo.

O grupo investigado é suspeito de operar um esquema por meio de processos judiciais fraudulentos, utilizando de forma indevida alvarás e decisões manipuladas para desviar altos valores financeiros.

Entre os principais alvos da investigação estão pessoas com vínculos com integrantes do Judiciário e do Ministério Público de Mato Grosso. Um dos detidos é o advogado João Gustavo Ricci Volpato, casado com Flávia Oliveira Volpato, filha de um desembargador do Tribunal de Justiça.