Após a deflagração da Operação Sepulcro Caiado, que apura um esquema de fraudes judiciais envolvendo a Conta Única do Poder Judiciário de Mato Grosso, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) informou que está colaborando integralmente com as investigações conduzidas pela Polícia Judiciária Civil (PJC-MT). A ação foi desencadeada nesta quarta-feira (30) e tem como alvos, quatro servidores do Judiciário, além de sete advogados. Todos são alvos de mandados de prisão.

Em nota oficial, o TJMT afirmou que também irá instaurar procedimentos disciplinares internos para apurar a possível responsabilidade administrativa de servidores públicos envolvidos no esquema, com base nos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório.

A Corte reforçou que adota rigorosos mecanismos de controle e transparência para coibir irregularidades e declarou que repudia veementemente qualquer prática que comprometa a integridade institucional e o interesse público.

A operação revelou que os quatro servidores do TJMT são suspeitos de atuar em conjunto com uma quadrilha para simular depósitos judiciais e liberar alvarás indevidamente, o que possibilitou o desvio de mais de R$ 21 milhões por meio de ações fraudulentas entre 2018 e 2022. O grupo teria usado os valores para adquirir joias, relógios de grife, veículos e imóveis, parte dos quais foram apreendidos nesta quarta-feira (30) durante o cumprimento de mais de 160 ordens judiciais em Mato Grosso e São Paulo.

As investigações continuam e podem revelar novos envolvidos e ramificações do esquema.

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