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Setor madeireiro de MT teme prejuízos com tarifa de 50% imposta por Trump a produtos brasileiros

Kamila Araújo

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O Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (CIPEM) manifestou preocupação com o novo decreto assinado nesta quarta-feira (30) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impõe uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros — elevando a taxação total para 50%. A medida pode afetar diretamente as exportações de madeira do estado, que figura entre os maiores produtores do país.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), apenas em 2024, Mato Grosso exportou US$ 67,7 milhões em produtos madeireiros, dos quais US$ 12,2 milhões tiveram como destino os Estados Unidos, representando 18,8% da pauta do setor no estado. Com o aumento da tarifa, contratos em andamento podem ser comprometidos, ameaçando empregos e a competitividade internacional das indústrias mato-grossenses.

A preocupação maior é com os produtos de maior valor agregado, como decks e pisos, com ou sem verniz, fabricados sob medida para atender as especificações do mercado norte-americano. Segundo o CIPEM, por serem desenvolvidos para demandas específicas, esses produtos dificilmente encontram compradores alternativos, o que aumenta o risco de prejuízo às empresas exportadoras.

Equipes técnicas do CIPEM e do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) estão analisando o decreto, já que o texto publicado pelo governo norte-americano não especifica claramente os produtos afetados, por não utilizar a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), dificultando a identificação de eventuais isenções.

Diante do cenário, o CIPEM cobra medidas emergenciais por parte do governo brasileiro. Entre as ações sugeridas estão a criação de linhas de crédito específicas para o setor, o estímulo à abertura de novos mercados e a desburocratização dos processos de exportação.

A entidade reforça seu compromisso com a legalidade, a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico do setor florestal, e afirma que continuará atuando na defesa dos interesses das mais de 500 indústrias que representa em Mato Grosso.

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