Delegado da GCCO confirma bloqueio de contas e quebra de sigilo bancário de suspeitos do assalto em Brasnorte

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (4), o delegado Sued Dias, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), revelou que os criminosos envolvidos no assalto à cooperativa de crédito em Brasnorte realizaram depósitos em contas bancárias logo após o crime, ocorrido na semana passada. No total, 14 pessoas já estão presas pelo envolvimento no crime. Deste total, dois são empresários e dois são policiais militares que estavam lotados na cidade onde o crime foi registrado. Os PMs são suspeitos de ‘atrasar’ o início das buscas pelos criminosos em até cinco minutos.

Segundo o delegado, os valores foram movimentados na quinta e sexta-feira (dias 1º e 2 de agosto). A Polícia Civil já solicitou o bloqueio das contas dos investigados e a quebra do sigilo bancário de todos os envolvidos.

“Na quinta e na sexta houve o depósito desses valores em contas correntes. Já pedimos o bloqueio de todas essas contas, assim como a quebra do sigilo bancário. Vamos identificar se esse dinheiro ainda está lá e, caso tenha sido transferido para contas de terceiros, essas pessoas também serão responsabilizadas criminalmente”, afirmou Sued Dias.

Sobre o valor levado no assalto, o delegado confirmou que foi repassado pela cooperativa à polícia, mas optou por não divulgar publicamente.  “A informação foi passada, sim, pela instituição bancária, mas a gente não divulga para não estimular esse tipo de crime”, justificou.

Questionado sobre o destino do dinheiro, o delegado foi direto. “Esse dinheiro seria usado para enriquecer o próprio crime, para alimentar outras práticas criminosas”, disse.

Sued Dias também evitou divulgar a identidade dos detidos, mas revelou que parte deles é composta por empresários da própria cidade de Brasnorte. “Dois ou três dos envolvidos são empresários locais que resolveram se aventurar nesse roubo, que eles consideraram bem-sucedido”, afirmou.