Dois PMs presos estavam de serviço no dia de roubo a banco em Brasnorte; ‘demora para equipe sair da base chamou atenção’

Quatorze pessoas –  entre elas dois policiais militares e três empresários – suspeitas de participação no assalto à agência do Sicredi em Brasnorte, ocorrido no dia 31, já estão presas. Duas armas foram apreendidas. As informações foram divulgadas na manhã desta segunda-feira, 4, pelo secretário de Segurança Pública, César Roveri, e pelo tenente-coronel Murilo Franco, comandante regional de Tangará da Serra.

À imprensa, Roveri confirmou que os dois policiais presos, ambos com a patente de cabo da PM, eram os únicos de serviço no dia do ataque criminoso. Do total de presos, doze estão envolvidos diretamente na execução do crime, na fuga e nos atos preparatórios.

As primeiras detenções foram registradas no sábado (2 de agosto), com grande parte dos envolvidos localizada em Vilhena (RO) e em Brasnorte. “Tivemos elementos que indicam a participação de militares na operação criminosa. Chama atenção o delay operacional de 5 minutos, registrado após um percurso de apenas 1,8 km entre a caminhonete e a Hilux utilizada pelos assaltantes”, afirmou o secretário.

Segundo a PM, com o uso das câmeras do programa VIGIA MT, foi possível construir a linha do tempo dos acontecimentos, o que chamou a atenção das autoridades.

Ele explica ainda: “Consideramos esse tempo totalmente atípico dentro da dinâmica esperada para movimentação em rodovia e captação por câmeras. O delay inicial foi de apenas 35 segundos, compatível com deslocamento rápido, mas o salto abrupto ao longo daquele trecho é incompatível com o padrão. Esse fato ocupou lugar de destaque na investigação.”

Munidos com armas longas, os assaltantes realizaram o roubo no início da tarde do dia 31 e fugiram em uma picape Hilux. No total, mais de cem pessoas trabalharam para realizar as prisões.