
Na tarde desta terça-feira (5), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aposentou compulsoriamente o juiz federal que atuava no interior de Mato Grosso, Raphael Casella de Almeida Carvalho. Ele responde a cinco processos administrativos por supostas irregularidades no exercício da profissão, como atuar como empresário e ter recebido propina. Mediante a decisão, o vencimento deverá ser calculado pelo tempo de serviço prestado.
Nos processos, Carvalho responde pelos crimes de corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, exploração de prestígio, improbidade administrativa, crimes contra o sistema financeiro nacional, contra a ordem tributária e previstos na Lei de Lavagem de Capitais.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o juiz federal era sócio oculto de várias empresas, incluindo um cassino clandestino, disfarçado por um hotel de fachada. Pela legislação brasileira, magistrados não podem ser proprietários de empresas.
Ele ainda é suspeito de receber propina para conceder benefícios previdenciários. Segundo a Receita Federal, o magistrado movimentou mais de R$ 46 milhões, valor incompatível com sua renda.