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CRIMES BRUTAIS

Monstro de Sorriso é condenado a 225 anos por estupro e feminicídio de mãe e três filhas

Patrícia Neves / Kamila Araújo

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O Tribunal do Júri da Comarca de Sorriso condenou a 225 anos de cadeia Gilberto Rodrigues dos Anjos pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável e feminicídio, cometidos contra  Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, e de suas três filhas: Miliane (19), Manuela (13) e Melissa (10), registrado em novembro de 2023.  A sessão foi presidida pelo juiz Rafael Deprá Panichella, da 1ª Vara Criminal de Sorriso. A sentença foi lida às 19h12.

O crime chocante aconteceu entre a madrugada de sexta-feira (24) e sábado (25) de novembro de 2023, quando Gilberto, que na época trabalhava e morava em uma obra ao lado da residência das vítimas, invadiu a casa durante a ausência do pai da família, que estava em viagem de trabalho. Conforme confessado em depoimento, ele estuprou e assassinou violentamente a mãe e duas das filhas. A filha mais nova, de 10 anos, também foi assassinada, embora não tenha sofrido violência sexual. Os corpos só foram encontrados na manhã de segunda-feira, 27 de novembro, já em avançado estado de rigidez e com diversos ferimentos, sinais de crueldade e violência.

Gilberto foi preso pela Polícia Civil no mesmo dia em que os corpos foram descobertos. A investigação foi conduzida pelo delegado Bruno França, que relatou, durante o julgamento, os detalhes que levaram à identificação do autor. Segundo ele, a delegacia foi acionada na manhã de segunda-feira pelo Corpo de Bombeiros com a informação de que havia corpos de mulheres em uma residência. A princípio, imaginou-se tratar de alguma execução ligada ao tráfico de drogas, mas logo ficou claro que se tratava de um crime brutal cometido dentro de um lar.

Ao chegar ao local, o delegado ordenou que ninguém entrasse na residência até a chegada da perícia. Já com os primeiros exames técnicos, foi possível concluir que nenhum objeto havia sido furtado e que os crimes tinham motivação sexual e caracterizavam feminicídio, devido à brutalidade e à condição de vulnerabilidade das vítimas.

As investigações se intensificaram ainda naquela manhã. O delegado relatou que testemunhas mencionaram que todos os pedreiros da obra ao lado correram para ver a movimentação dos bombeiros, exceto um — um homem de camiseta amarela, identificado depois como Gilberto. Essa informação chamou a atenção da polícia. Ao ser abordado, Gilberto deu respostas desconexas e apresentou apenas uma cópia xerox de seu documento.

Durante a conversa, o delegado solicitou que ele entregasse o chinelo que usava — calçado semelhante às marcas parciais encontradas na cena do crime. Gilberto relutou, dizendo que não tinha chinelo, mas acabou sendo forçado a entregar o item, que foi imediatamente analisado pelo perito. A perícia confirmou a compatibilidade das marcas encontradas na casa com o chinelo do acusado.

Diante das evidências, Gilberto foi preso em flagrante. Na sequência, investigadores descobriram que ele já possuía histórico de crimes. “A gente já tinha certeza de que ele era o autor, e agora sabíamos que era um criminoso em série”, afirmou o delegado.

De acordo com a apuração, Gilberto vigiava a rotina da família e escolheu um momento em que estavam todos em casa e o pai ausente para cometer os crimes. Ele teria utilizado uma tábua apoiada em um andaime para acessar a casa pelos fundos, passando por um lavabo. A entrada pela frente era inviável devido à presença de cachorros de guarda.

Após cometer os estupros e assassinatos, ele ainda se lavou no local e tentou esconder vestígios, o que demonstra frieza e planejamento.

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