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TRISTEZA

“As meninas sempre foram protegidas”: tia das vítimas da chacina relembra união da família e pede justiça

Patrícia Neves

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Durante o júri de Gilberto Alves dos Santos, acusado da chacina que matou uma mãe e suas três filhas em novembro de 2024 na cidade de Sorriso, a testemunha Elinara Calvi, irmã de Cleci — uma das vítimas —, deu um depoimento comovente ao relembrar a personalidade da irmã e o vínculo familiar que unia todas elas. Gilberto enfrenta o júri popular pelas mortes de Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, e de suas três filhas: Miliane (19), Manuela (13) e Melissa (10). Cleci e duas meninas foram estupradas e mortas.

Elinara contou que permaneceu no local do crime no dia em que os corpos foram encontrados, na tentativa de proteger a dignidade das vítimas diante da movimentação de curiosos. Ainda em estado de choque, ela descreveu a incredulidade diante do que via e revelou um pressentimento inquietante: “Tive a sensação de que o autor ainda estava ali, por perto.” A intuição se confirmou pouco tempo depois, com a detenção de Gilberto na obra ao lado da casa onde o crime aconteceu.

Ao falar sobre Cleci, Elinara descreveu a irmã como uma mulher trabalhadora, dedicada e extremamente protetora com as filhas. “As meninas nunca foram soltas em lugar nenhum, sempre foram protegidas. Sempre!”, afirmou, emocionada. Ela destacou ainda a forte ligação de Cleci com a mãe e as irmãs: “Ela era perfeita para aquilo que ela se propunha a fazer, a vida inteira.”

O depoimento se tornou ainda mais carregado de emoção quando Elinara falou sobre as três sobrinhas assassinadas. Segundo ela, Miliane era uma jovem estudiosa, atenciosa com a avó e cheia de sonhos. Manuela, a filha do meio, era descrita como aventureira, carinhosa e apaixonada por bicicleta e livros. Já Melissa, a caçula, foi lembrada como “espoleta, esperta, estudiosa e muito apegada à avó materna”. Elinara revelou que, ao saber do crime, não teve coragem de entrar nos quartos das meninas.

Ao final de seu testemunho, o defensor público Ewerton Junior Martins Nóbrega manifestou solidariedade à família, sem fazer perguntas. A defesa e os jurados também optaram por não questionar a testemunha.

Em suas últimas palavras no plenário, Elinara reforçou o desejo da família e da sociedade por justiça: “A gente espera que a justiça seja feita.”

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