Acompanhe nossas noticias

The news is by your side.

DEZ HORAS DE JULGAMENTO

“Nunca mais vai colocar o pé fora da cadeia”, diz pai e esposo de vítimas após condenação de 225 anos do ‘Monstro de Sorriso’

Patrícia Neves

0

“Graças a Deus, todos os jurados foram unânimes na condenação e o juiz foi certeiro. Esses 225 anos significam que ele vai cumprir os 40 anos devidos e nunca mais vai colocar o pé dele fora da cadeia. Estou satisfeito com a sentença. Não muda pra gente, não traz elas de volta, não diminui o sofrimento nem a saudade, mas a justiça foi feita hoje. Agradeço muito a Deus e a todos que participaram. Que Deus seja glorificado”.  A afirmação é do esposo e pai das vítimas, Regivaldo Cardoso.

Ao longo de dez horas de quinta-feira (7), Regivaldo acompanhou o julgamento de Gilberto Rodrigues dos Anjos, que foi sentenciado a cumprir 225 anos de prisão pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável e feminicídio cometidos contra Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, e suas três filhas:  Miliane (19), Manuela (13) e Melissa (10) , em novembro de 2023.

Durante o julgamento, o promotor Luiz Fernando Rossi Pipino classificou o Tribunal do Júri de hoje como “emblemático”.  Ao pai e marido das vítimas, o promotor disse que lhe tiraram tudo, mas pediu que a família continuasse esperando a justiça.

Na sessão, ele  prestou uma homenagem à família, mostrando um vídeo emocionante das meninas Melissa e Manuela falando palavras de amor à mãe Cleci. Porém, o vídeo foi  seguido por imagens da repercussão do crime, com fotos da perícia e prints de reportagens da imprensa nacional.  “O réu apagou cada estrelinha daquela casa”.

O promotor Luis Fernando Rossi Pipino disse ainda aos jurados que “há coisas que nem todas as palavras do mundo conseguem explicar, há dores que não cabem em um laudo, há crimes que ultrapassam a frieza da lei. E o que aconteceu naquela casa, naquela fatídica noite foi exatamente isso, foi uma tragédia devastadora, em que o mal subiu do inferno e apagou quatro vidas, quatro destinos que haviam sido entrelaçados pelo amor”.

Por fim, enfatizou  que o réu roubou 229 anos de vida das vítimas e pediu que os jurados “olhassem com os olhos da alma e que vissem a ferida que o réu causou na própria humanidade”. “Se a vida tem algum valor, se a mulher tem alguma dignidade e se a infância tem algum sagrado” que o réu seja condenado. “Hoje a justiça só será feita se for completa”, finalizou. 

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você está ok com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceitarconsulte Mais informação