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NÃO REALIZAVA EXAMES

Contratada na gestão Emanuel Pinheiro, Bioseg é novamente alvo da Decon; Biomédico é preso

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Há quatro meses, a empresa Bioseg, contratada pela Prefeitura de Cuiabá em 2021, durante a gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro, foi alvo de uma outra operação policial, também deflagrada pela  Delegacia do Consumidor (Decon). A ação foi deflagrada no dia 3 de abril de 2025 e revelou diversas irregularidades no funcionamento da empresa, que presta serviços laboratoriais à Prefeitura de Cuiabá e Câmara de Cuiabá. Nesta desta sexta-feira (15),  a empresa é novamente investigada pela Polícia Judiciária Civil e o biomédico responsável foi detido.

Tanto no mês de abril, como nessa nova fase de investigação, denúncias foram efetuadas pela Vigilância Sanitária da Prefeitura de Cuiabá.

Em abril, conforme  o delegado da Decon, Rogério Ferreira, os responsáveis pela Bioseg não apresentaram acesso a sistemas de outros laboratórios nem laudos técnicos que comprovassem a regularidade das atividades. Naquele mês, os  agentes encontraram as salas de análises completamente inoperantes, com todos os equipamentos desligados. Em uma das bancadas, frascos de sangue recentemente coletados estavam expostos, sem qualquer tipo de refrigeração ou proteção, situação que representa grave risco à saúde pública.

Conforme a Polícia, o laboratório recebia e coletava amostras de material biológico, incluindo secreção de pacientes de home care, realizando ainda exames de covid-19, toxicológico e de doenças como sífilis, HIV e hepatites. Os laboratórios possuíam unidades nos municípios de Cuiabá, Sinop e Sorriso.

Porém, no decorrer das investigações, foi apontado que o laboratório não realizava os exames internamente nem enviava os materiais biológicos para outros laboratórios, como afirmavam os sócios. As amostras coletadas dos pacientes eram descartadas sem qualquer análise e os resultados dos laudos eram falsificados pelo sócio responsável técnico, que também é biomédico. Ele foi preso preventivamente nesta sexta-feira.

Durante o cumprimento dos mandados de buscas foram apreendidos armas, munições e diversos documentos.

Ao final do inquérito, os investigados poderão ser indiciados nos crimes de estelionato, falsificação de documento particular, peculato e associação criminosa, cujas penas podem chegar a até 25 anos de prisão, além de multa.

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