IMPASSE
Botelho acredita que Governo pode comprar a Santa Casa por valor menor e solucionar impasse
Patrícia Neves
O deputado estadual Eduardo Botelho (União) mostrou-se otimista sobre a possibilidade de o Governo do Estado adquirir a Santa Casa de Cuiabá. Nesta manhã, 20, Botelho destacou que, apesar do valor atual exigido para o leilão, pela Justiça do Trabalho, pela Santa Casa, existe a possibilidade de negociar a compra por um valor significativamente menor. Atualmente, para quitação das milhares de dívidas trabalhistas o prédio foi colocado à leilão por R$ 54,7 milhões, mas não existe registro, até o momento, de ofertas.
“Eu acredito que a Santa Casa pode ser adquirida por um valor bem menor do que o que está sendo pedido agora. Basta haver vontade e negociação. O valor atual é realmente muito alto, mas com a devida negociação, o Governo pode comprar por um preço bem mais acessível. Isso seria a solução para resolver esse impasse”, afirmou Botelho.
A fala se alinha com os recentes desdobramentos envolvendo a situação da Santa Casa, que, segundo o deputado estadual Júlio Campos (União), também tem conversado com a Justiça do Trabalho, mas até o momento não há interessados no processo de compra da instituição. Botelho destacou que o Governo, com sua capacidade financeira e política, está em posição de buscar uma solução vantajosa para o Estado e para a continuidade dos serviços prestados pela Santa Casa à população de Cuiabá e região.
“Não sei dizer com exatidão um valor específico, mas minha estimativa é de que podemos negociar por um preço bem abaixo do valor atual. O importante é que o Governo tem condições de fazer essa compra e resolver a situação”, ressaltou Botelho.
A Santa Casa de Cuiabá tem enfrentado sérias dificuldades financeiras e operacionais, com um montante de dívidas trabalhistas e outros custos elevados. A preocupação é garantir que o hospital, que atende milhares de pacientes, não seja fechado ou tenha sua capacidade reduzida drasticamente. A negociação por um valor mais baixo pode ser a chave para que a instituição continue funcionando e prestando serviços essenciais à população.
A expectativa é de que o Governo do Estado se posicione em breve sobre a possibilidade de compra e, conforme sugerido por Botelho, inicie um processo de negociação. Para o Estado, a unidade será fechada e as demandas absorvidas pelo novo Hospital Central, que entrará em operação no mês de dezembro de 2025.