Vereador Daniel Monteiro critica postura de Abílio ao ridicularizar estudantes
O vereador Daniel Monteiro repudiou, nesta segunda-feira (19), a postura do prefeito de Cuiabá, Abílio Júnior, que recentemente expôs e ridicularizou estudantes da rede estadual, após eles não conseguirem responder a uma pergunta de matemática básica — quanto é 4×4. O episódio, amplamente divulgado nas redes sociais, gerou indignação pública, notas de repúdio de instituições ligadas à educação e críticas diretas de secretários do governo estadual.
Monteiro foi enfático ao afirmar que a questão transcende disputas ideológicas. “Aqui não está em jogo ser de direita ou de esquerda. É uma questão que une gregos e troianos no sentido de proteger o direito da criança. O que aconteceu ali foi cruel. Eram crianças visivelmente intimidadas”, disse o vereador.
O parlamentar destacou que os alunos foram abordados de forma inadequada, com celulares sendo apontados em seus rostos sem consentimento, o que teria gerado nervosismo e insegurança. “Imagina você com 13, 14 anos, dentro da sua escola, de repente vem alguém com um celular e coloca na sua cara para te filmar. Como você se sentiria? Que tipo de resposta você conseguiria dar sob pressão?”, questionou.
Monteiro ainda reforçou a qualidade da unidade escolar exposta pelo prefeito. “Estamos falando de uma escola referência em educação. Essa escola já mandou alunos para o intercâmbio internacional promovido pelo Governo do Estado — um programa que só seleciona os melhores estudantes de toda a rede estadual. Em um único ano, dois alunos da Capistrano foram selecionados. Não é pouca coisa”, ressaltou.
Ele também lembrou que a escola já teve destaque nacional, com participação no Campeonato Brasileiro de Robótica, e mantém uma equipe atuante e premiada na área. “No ano passado, estudantes da mesma escola participaram de competições de robótica em Natal, no Rio Grande do Norte. É uma escola de excelência, com resultados concretos, com uma trajetória que deve ser respeitada.”
Para o vereador, desmerecer o trabalho da rede estadual é desconsiderar uma política pública que já mostra resultados expressivos. “A educação estadual passou por uma verdadeira revolução. Saiu do 22º para o 8º lugar no ranking nacional. Isso é fruto de investimento, gestão e dedicação de professores e alunos. Tratar isso com leviandade é ignorar todo esse esforço coletivo”, concluiu.
