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MACHISMO

Em discussão sobre rodeio, vereador chama prefeita de “cachorra viciada”

Thalyta Amaral

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Uma discussão acalorada na Câmara de Pedra Preta (238 km ao sul de Cuiabá), nesta segunda-feira (25), terminou com uma ofensa do vereador Gilson da Agricultura (União) à prefeita Iraci Ferreira da Silva (PSDB). Ao discursar contra o rodeio da cidade, o parlamentar chamou a gestora de “cachorra viciada”.

A ofensa à prefeita ocorreu durante a votação do projeto de lei que destinava R$ 1,1 milhão para a realização da festa agropecuária do município. Gilson se posicionou contra a proposta e reclamou que, enquanto esse montante seria destinado a shows, os assentamentos na zona rural sofriam com a falta de água.

“Eu vou deixar bem claro, vamos dar a César o que é de César. Eu faço um desafio: se eu não conversei com o vice-prefeito Lenilton [Augusto da Silva], com a Iraci, a Roseli do convênio estava junto, sobre essa questão da água, eu renuncio meu mandato se eu estiver mentindo. Mas, se eu não estiver mentindo, tem que tomar vergonha na cara e não ficar fazendo só na época de política que nem cachorra viciada nos assentamentos pedindo voto”, discursou.

Ele ainda enfatizou que “meu vocabulário é esse” e repetiu o insulto, afirmando que, depois de gastar dinheiro com festa, no próximo ano a prefeita iria pedir ajuda aos vereadores para eleger seus candidatos a deputado estadual e federal.

Repercussão
A fala do vereador não repercutiu bem no meio político. A deputada estadual Janaina Riva (MDB) postou um vídeo nas redes sociais afirmando que a Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa irá pedir que o Ministério Público do Estado (MPE) cobre explicações do parlamentar.

“Por que não sabe respeitar uma mulher que está no poder? Por que não sabe respeitar a figura de uma mulher onde ela estiver? Isso é um absurdo. É um absurdo e nós da Procuradoria não vamos ficar inertes. Não só pela prefeita, mas pela mulher que merece ser respeitada”, enfatizou a parlamentar.

Outra deputada estadual que comentou o caso foi a suplente em exercício Sheila Klener (PSDB). “Que comportamento deplorável para um parlamentar. Uma vergonha! Responderá pelos seus atos”, postou no Instagram.

Já o União Brasil Mulher divulgou uma nota de repúdio, assinada pela deputada federal Gisela Simona e pela primeira-dama do Estado, Virginia Mendes, na qual classifica a fala do vereador como “inadmissível” e exige que ele se retrate.

“A violência política de gênero é uma afronta à democracia, aos direitos humanos e ao que prevê a Lei nº 14.192/2021, que estabelece mecanismos para a prevenção e o combate a essas práticas”, diz trecho da nota.

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