COMISSÃO PERMANENTE
Botelho cita proposição para que Assembleia não abra CPI do Feminicídio
Thalyta Amaral
O deputado estadual Eduardo Botelho (União) revelou nesta quarta-feira (27) que foi feita uma proposição entre o Governo do Estado e a deputada Edna Sampaio (PT) para que a Assembleia Legislativa (AL) não instaurasse a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Feminicídio, mas sim uma comissão permanente sobre o tema.
“Nós estávamos com ela [CPI] acertada para instalar. Aí teve uma reunião na Casa Civil entre a deputada Edna, o deputado Wilson Santos e o secretário Fábio Garcia. E me ligaram dizendo que houve um acordo lá, que não iria ter CPI, que iria fazer uma comissão. Esse é o acordo que fizeram, não tem problema nenhum”, afirmou à imprensa.
“Foi a deputada Edna que iniciou [o acordo], ela que foi lá e concordou com isso. Então está encerrado”, enfatizou Botelho.
Apesar da mudança de posicionamento da Casa sobre o tema, Botelho garantiu que a comissão também terá efetividade no enfrentamento à violência contra a mulher. “É verdade que a CPI tem mais força, eu acho que daria mais impacto, mas uma comissão também pode dar bons resultados se tiver apoio de todos e cobrar diretamente essa atuação”.
O deputado defendeu ainda que, além das ações dentro da AL, é necessário levar o debate para dentro das escolas. “Criar dentro das escolas um trabalho muito forte em cima disso, junto com o Ministério Público e o Tribunal de Justiça, trabalhar em um projeto para combatermos de vez o feminicídio (…) Punição é importante, mas nós temos que trabalhar também na educação, que é a verdadeira mudança de cultura”.
Em coletiva na terça-feira (26), a deputada estadual Edna Sampaio citou que conversou com o secretário Fábio Garcia e que a proposta foi apresentada, mas sem que se registrasse aceite imediato. Ainda, segundo a parlamentar, caso a CPI não avance, a alternativa seria uma comissão permanente.
Com a colaboração de Maryelle Campos