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ABSURDO

Declarações misóginas contra prefeita mobilizam lideranças e entidades

Kamila Araújo

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As declarações ofensivas do vereador Gilson da Agricultura (União) contra a prefeita de Pedra Preta, Iraci Ferreira (PSDB), durante sessão da Câmara Municipal no último dia 25 de agosto, provocaram forte reação de lideranças políticas, entidades e movimentos sociais em Mato Grosso.

O parlamentar chegou a classificar a gestora como “cachorra viciada em votos”, gerando acusações de violência política de gênero.

A primeira-dama do Estado, Virginia Mendes, disse que a postura do parlamentar é inaceitável e defendeu a sua responsabilização na Câmara Municipal.
“Esse ataque não atinge apenas a prefeita, mas todas as mulheres que lutam por espaço e respeito na política. Nenhuma mulher deve ser submetida a esse tipo de violência verbal”, afirmou.

A deputada estadual Janaina Riva (MDB) também reagiu com indignação. Ela anunciou que a Procuradoria da Mulher vai acionar o Ministério Público e cobrar providências institucionais.
“Esse tipo de fala machista e preconceituosa é violência política de gênero e pode torná-lo inelegível”, destacou.

Uma moção de repúdio foi emitida pela Assembleia, assinada também pelos deputados Carlos Avallone e Valdir Barranco.

A Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) se solidarizou com a prefeita e anunciou que vai protocolar na Câmara de Pedra Preta pedido de análise de quebra de decoro do vereador.

Para a entidade, os ataques ultrapassam os limites do debate político e desrespeitam a legitimidade do cargo ocupado por Iraci, reeleita em 2024 com quase 70% dos votos.

Movimentos sociais também se manifestaram. A Associação da Parada LGBTQIA+ de Mato Grosso declarou apoio à prefeita e destacou que o episódio reforça a urgência no combate à violência política de gênero. “Mulher não é xingamento, mulher é respeito”, destacou a nota.

O diretório estadual do União Brasil Mulher, partido o qual o vereador é filiado, também divulgou nota oficial repudiando as declarações e lembrando que a Lei 14.192/2021 prevê mecanismos de enfrentamento a esse tipo de violência.

As manifestações reforçam a pressão para que o vereador se retrate publicamente e seja responsabilizado legal e institucionalmente por suas falas.
A fala ofensiva foi proferida na sessão ordinária realizada na última segunda-feira (25) durante votação do projeto de lei que destinava R$ 1,1 milhão para a realização da festa agropecuária do município.

Gilson se posicionou contra a proposta e reclamou que, enquanto esse montante seria destinado a shows, os assentamentos na zona rural sofriam com a falta de água.
“Eu vou deixar bem claro, vamos dar a César o que é de César. Eu faço um desafio: se eu não conversei com o vice-prefeito Lenilton [Augusto da Silva], com a Iraci, a Roseli do convênio estava junto, sobre essa questão da água, eu renuncio meu mandato se eu estiver mentindo. Mas, se eu não estiver mentindo, tem que tomar vergonha na cara e não ficar fazendo só na época de política que nem cachorra viciada nos assentamentos pedindo voto”, discursou.

Ele ainda enfatizou que “meu vocabulário é esse” e repetiu o insulto, afirmando que, depois de gastar dinheiro com festa, no próximo ano a prefeita iria pedir ajuda aos vereadores para eleger seus candidatos a deputado estadual e federal.

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