Eleição da Federação Mato-grossense de Futebol segue indefinida após três meses de impasses

A eleição para a presidência da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) se transformou em uma novela sem data para acabar. Três meses após a primeira tentativa de votação, o processo segue suspenso, acumulando decisões judiciais, denúncias de irregularidades e até intervenção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Enquanto isso, clubes, dirigentes e atletas ficam à deriva, sem saber quem comandará oficialmente a entidade.

A confusão começou em 3 de maio, quando a eleição foi suspensa minutos antes do início por decisão judicial, que alterou a lista de clubes aptos a votar. O imbróglio colocou em choque a chapa do atual presidente, Aron Dresch, e a de oposição, liderada pelo empresário João Dorileo Leal, que acabou desistindo da disputa após fazer acusações de que Dresch tinha feito manobras políticas ilegais.

Mesmo após uma assembleia para remarcar a votação e tentar dar legitimidade ao processo, a Justiça interveio novamente em 7 de maio, questionando a legalidade de um terceiro mandato consecutivo de Dresch e apontando possíveis cobranças irregulares para inscrição de chapas. A instabilidade levou a CBF a intervir no caso e nomear o ex-presidente da Federação Gaúcha, Luciano Hocsman, como interventor.

Em junho, o Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA) suspendeu o processo por 15 dias, mas o prazo passou e até agora não há definição de quando uma nova eleição será realizada. Para complicar ainda mais, em julho, denúncias paralelas surgiram: contratos de patrocínio suspeitos e acusações éticas contra Dresch por suposta proximidade com o Cuiabá Esporte Clube, controlado por sua família.

Três meses depois, o resultado é um cenário de incerteza. A FMF segue sem comando definido, clubes cobram transparência e a CBF ainda não anunciou uma data para resolver o impasse.