MOUNJARO
População carente terá acesso gratuito ao “remédio das celebridades” a partir de outubro
Kamila Araújo

A vereadora Michelly Alencar (UB) anunciou nesta o lançamento do Programa Cuiabá Mais Leve, iniciativa que vai oferecer gratuitamente o medicamento Mounjaro a pessoas em situação de vulnerabilidade diagnosticadas com obesidade grau 3.
O projeto será lançado oficialmente no dia 4 de outubro e integra saúde, esporte e acompanhamento multidisciplinar.
De acordo com Michelly, o programa será financiado por uma emenda parlamentar de sua autoria, no valor de R$ 1,5 milhão, destinada à compra do medicamento e à estrutura de atendimento.
“Esse recurso será transformado em saúde pública, esporte e assistência social. O cidadão comum não tem condições de arcar com um tratamento que custa, em média, R$ 1.700 por mês. Estamos falando de salvar vidas e de oferecer dignidade às pessoas que convivem com a obesidade”, declarou.
Como vai funcionar
A vereadora explicou que, antes de receber as doses, os participantes deverão passar por uma triagem e cumprir um mês de atividades físicas orientadas por profissionais da Secretaria de Esporte.
Somente após esse período, terão acesso ao medicamento, que será fornecido por seis meses. No total, o acompanhamento será de sete meses, entre exercícios e uso do remédio.
“Todas as pessoas que estão aptas a entrar nesse programa são pessoas com obesidade tipo 3 nesse primeiro momento. Para receber as doses do Mounjaro, você tem que estar inserido no programa de atividade física. A gente entendeu que não dá para oferecer medicação se a pessoa não estiver praticando esporte. É Cuiabá Mais Leve”, destacou Michelly.
Os atendimentos serão realizados em quatro polos distribuídos pela capital, com acompanhamento de médicos, nutricionistas e educadores físicos. Além da aplicação das doses, o projeto prevê orientação alimentar, atividades em grupo e monitoramento individualizado.
Parceria entre Executivo e Legislativo
A iniciativa foi discutida em reunião no Palácio Alencastro, com a presença do prefeito Abilio Brunini, da secretária de Saúde Danielle Carmona, do secretário de Economia Marcelo Bussiki e especialistas da área médica. Inicialmente, o programa deve contemplar entre 150 e 200 pessoas, com possibilidade de expansão a partir do próximo ano.