NOVO DEPOIMENTO
Preso por morte de mulher na UFMT admite relação sexual, mas nega estupro e assassinato
Thalyta Amaral
O homem de 30 anos preso sob suspeita de estuprar e matar Solange Aparecida Sobrinho, em 23 de julho, no campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá, admitiu ter tido relações sexuais com a vítima, mas negou que tenha cometido estupro e também o homicídio por enforcamento.
Em novo depoimento prestado na segunda-feira (8), o suspeito alegou que manteve relação sexual com Solange em um banheiro próximo às piscinas da universidade, mas disse que a deixou viva no local.
A versão, no entanto, apresenta contradições. O homem afirmou que o encontro teria ocorrido pela manhã, mas as câmeras de segurança da instituição registraram ele e a vítima caminhando pelo campus no final da tarde do mesmo dia em que o corpo foi encontrado.
Outro fator que pesa contra o investigado é o resultado da perícia. O sêmen localizado no corpo de Solange foi identificado como sendo do suspeito e, além disso, apresentou compatibilidade com outros três casos de estupro registrados em Cuiabá, incluindo o de uma gestante e o de uma mulher que acabou assassinada.
O histórico criminal agrava a situação do investigado, que já havia sido alvo de inquéritos anteriores por crimes sexuais. A Polícia Civil trabalha agora para consolidar as provas e encaminhar o caso ao Ministério Público, que deverá oferecer denúncia por estupro e feminicídio.