Max Russi alerta para risco de mudança em modal, cita gasto bilionário e anos de obras paradas

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Max Russi (PSB), se manifestou nesta quarta-feira (10) sobre a proposta do prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), de substituir o sistema BRT (Bus Rapid Transit) por um novo modal de transporte chamado ART (Autonomous Rapid Transit, o ART), também conhecido como trilhos virtuais.

Russi afirmou que desconhece a proposta apresentada por Abílio e alertou para os riscos de mais uma mudança na mobilidade urbana da capital, que já acumula anos de obras inacabadas e bilhões em investimentos desperdiçados.

“Eu não conheço esse termo, então não tenho opinião formada sobre isso. Mas é complicado. A gente precisa ter responsabilidade política com as decisões de vários gestores”, disse o parlamentar.

O presidente da ALMT lembrou os recursos públicos já investidos na mobilidade urbana da capital, especialmente na tentativa frustrada de implantar o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que consumiu mais de R$ 1 bilhão e jamais foi concluído.

“Mudaram de um modal para outro, fizeram, gastaram um bilhão. O dinheiro que poderia ter sido usado para fazer hospital, casa popular… olha quanta coisa podia ter sido feita com esse dinheiro em Mato Grosso. E foi tudo pro ralo”, criticou.

Max Russi também demonstrou preocupação com a possibilidade de novos atrasos caso se decida mudar novamente o projeto, a poucos anos do fim do atual mandato municipal.

“Já são mais de 11, 12, 13 anos que essa obra começou e não terminou. A gente não pode esperar mais um ano ou dois. Foi demais. Todo mundo está sofrendo, o dinheiro foi perdido. É realmente triste o que está acontecendo com a mobilidade da nossa capital.”