Vítimas eram coagidas para que encaminhassem vídeos a pedófilos, aponta delegado

O delegado Guilherme Rocha, responsável pela Delegacia Especializada de Crimes Informáticos, explicou  que criminosos coagiam as vítimas  sob ameaça de exposição. A Operação Infância Segura 2, deflagrada nesta quinta-feira (11), cumpriu quatro ordens judiciais contra suspeitos por armazenar conteúdo de abuso sexual infantojuvenil em seus dispositivos eletrônicos e na internet.

As investigações indicaram que os alvos da operação estavam armazenando e compartilhando conteúdo de abuso sexual envolvendo crianças e adolescentes, utilizando computadores e redes sociais para cometer os crimes. A Justiça autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão, medidas cautelares de afastamento telemático (restrições ao uso de internet) e, em alguns casos, prisão preventiva.

Em Barra do Bugres, um dos suspeitos foi identificado como autor de coação contra adolescentes, forçando-os a enviar fotos e vídeos íntimos. Segundo as investigações, ele utilizava ameaças de exposição, dizendo que divulgaria conversas e imagens pessoais para amigos e familiares das vítimas caso não obedecessem às ordens.

Já em Cuiabá, durante o cumprimento dos mandados na manhã de hoje, um dos investigados foi flagrado com diversas munições de calibres permitidos e restritos, o que resultou em prisão em flagrante por posse ilegal de munição, com base nos artigos 12 e 16 da Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento).

O suspeito será encaminhado ao Poder Judiciário para audiência de custódia após a conclusão do procedimento policial.

Os dispositivos apreendidos passarão por perícia técnica, e os conteúdos serão analisados para reforçar as provas e subsidiar o possível indiciamento dos envolvidos pelos crimes de armazenamento, coação e aliciamento de menores para fins sexuais.