Desde março de 2025, o Ministério da Fazenda, por meio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), vem alertando o mercado de capitais e o público em geral sobre a atuação irregular das empresas Metaverso Assessor de Investimento Ltda. e Metaverso Soluções Digitais Ltda. e de Jonathan Rosa Vieira Bispo, ligados ao site metaverso.ltda.
Na manhã desta sexta-feira (12), Jonathan Rosa Vieira Bispo se tornou alvo da Operação Rede de Mentiras, deflagrada pela Polícia Civil, que investiga um sofisticado esquema de pirâmide financeira. A ação envolve mandados de prisão, busca e apreensão, e sequestro de bens que somam mais de R$ 1,3 milhão.
Segundo a Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI) da CVM, há indícios de que os investigados estariam captando recursos de investidores brasileiros e atuando de forma irregular na administração de carteiras e na prestação de serviços de assessoria de investimentos – sem qualquer autorização legal.
As empresas mencionadas, assim como o indivíduo envolvido, não são registrados como assessores de investimentos e não possuem autorização da CVM para captar recursos ou administrar carteiras de valores mobiliários. Mesmo assim, vinham oferecendo tais serviços por meio do site e de canais digitais, prática considerada ilegal pela autarquia.
Por meio do Ato Declaratório CVM nº 23.217, a autarquia determinou a suspensão imediata de qualquer atividade de oferta de serviços de assessoria ou captação pública de recursos para fins de investimento por parte das empresas e indivíduos citados. A proibição se estende a qualquer meio de divulgação, incluindo sites, aplicativos e redes sociais.
A CVM destacou que tais atividades infringem a Lei nº 6.385/76 e as normas previstas nas Resoluções CVM 21 e 178.
A atuação da CVM se soma às investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), que também apura crimes como lavagem de dinheiro, estelionato, associação criminosa e crimes contra a economia popular.