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OPERAÇÃO PRIMATUS

Do presídio, lideranças determinavam lista de homicídios na disputa pelo tráfico e extorsões

Patrícia Neves

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A Polícia Civil deflagrou, nesta terça-feira (16), a Operação Primatus, que cumpre 62 ordens judiciais, entre prisões preventivas, sequestro de veículos, bloqueio de valores, apreensão de armas e suspensão de atividades econômicas de empresas ligadas ao esquema criminoso. A investigação aponta que facções com atuação em Aripuanã, região noroeste de Mato Grosso, não apenas controlavam o tráfico de drogas e a extorsão de garimpeiros, mas também estão por trás de diversos homicídios registrados no município.

Segundo a Polícia Civil, os líderes do grupo, mesmo já presos em unidades prisionais de Cuiabá e outras cidades, continuavam coordenando as ações criminosas em Aripuanã. “Todo o controle financeiro e do tráfico passava pelas mãos deles. Além disso, há fortes indícios do envolvimento em homicídios, que vêm sendo apurados em outros procedimentos”, destacou o delegado Rodrigo Azem, titular da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco).

Os homicídios na região estariam diretamente ligados à disputa territorial pelo comércio de entorpecentes e à cobrança de uma “taxa” de 2% sobre a produção de ouro extraído ilegalmente. O dinheiro era utilizado para sustentar as atividades das facções e alimentar a rede criminosa. Em muitos casos, as vítimas que resistiam às extorsões eram intimidadas com o uso de armas de grosso calibre e, em situações mais graves, assassinadas para servir de exemplo.

A operação contou com apoio de aeronaves do Ciopaer, devido à dificuldade de acesso às áreas-alvo e ao risco de confronto armado. No cumprimento dos mandados, houve apreensão de armas, dinheiro, drogas e até a detenção de adolescentes envolvidos nas atividades ilícitas.

De acordo com a Polícia Civil, o trabalho é resultado de uma atuação articulada com o Ministério Público e o Poder Judiciário, visando enfraquecer as facções que vinham impondo medo em comerciantes, garimpeiros e moradores. “O material probatório é robusto e mostra claramente a mercância do tráfico de drogas e as extorsões que resultaram em graves consequências, inclusive homicídios”, ressaltou o delegado.

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