Secretário admite que crimes cometidos por policiais “mancham a imagem da corporação”

O secretário adjunto da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso, Henrique da Silva Martins, admitiu nesta terça-feira (16) que crimes praticados por policiais civis ou militares mancham a imagem das instituições de segurança, e garantiu que o Estado está atuando com firmeza para esclarecer o assassinato da personal trainer Rozeli da Costa Sousa Nunes, ocorrido em Várzea Grande, na última quinta-feira (11).

“É inaceitável que pessoas que vestem a farda ou têm prerrogativas do sistema de Justiça cometam esse tipo de conduta. Isso mancha a imagem da corporação, da segurança pública como um todo”, declarou o secretário adjunto.

O caso tem como principais suspeitos o policial militar Raylton Mourão e sua esposa, a farmacêutica Aline Valandro Kounz, que estão foragidos da Justiça desde o fim de semana. A Justiça de Mato Grosso já decretou a prisão temporária do casal, investigado por suposto envolvimento no homicídio.

Rozeli da Costa foi executada com vários tiros dentro do carro, no bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande. As câmeras de segurança flagraram o momento em que dois homens em uma motocicleta se aproximaram e atiraram contra a vítima. A dupla fugiu e ainda não foi identificada.

As investigações apontam que a motivação pode estar relacionada a um processo judicial movido por Rozeli contra o casal investigado. Ela cobrava indenização de R$ 24,6 mil após ter seu carro danificado por um caminhão-pipa da empresa Reizinho Água Potável, de propriedade de Raylton e Aline. O crime ocorreu poucos dias antes do julgamento da ação.

“É um crime grave, com indícios de premeditação. Nosso dever é esclarecer os fatos e preservar a credibilidade das instituições”, finalizou o secretário.