Acusados por maus-tratos em canil clandestino pagam fiança e são liberados; 59 cães resgatados

Após audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (17), os responsáveis pelo canil clandestino descoberto no bairro Centro Sul, em Cuiabá, foram liberados mediante pagamento de fiança. A decisão foi proferida pelo juiz Gleidson de Oliveira Barbosa, que considerou a prisão como medida extrema. Ele também impôs medidas cautelares aos investigados. Cada detido deverá pagar um salário mínimo.

Além da fiança, os acusados deverão comparecer mensalmente à Justiça, estão proibidos de sair da comarca por mais de sete dias sem autorização e não poderão mudar de residência ou se envolver em novas infrações durante o processo.

Foram presos em flagrante Tiago Jesus de Figueiredo Herane, Ângela Pinho de Figueiredo Herane, Herleno Ângelo de Figueiredo Herane, Mirtes Miranda de Figueiredo Herane e Caio Lucas Silva de Oliveira, durante operação realizada na última segunda-feira (16) por equipes da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), em conjunto com a Prefeitura de Cuiabá, por meio das secretarias de Ordem Pública e Bem-Estar Animal.

No imóvel, localizado na região do Porto, mais de 70 animais foram encontrados em condições precárias. Segundo a Polícia Civil, os cães estavam mantidos em ambiente insalubre, com forte odor, acúmulo de fezes e urina, e falta de ventilação. A Secretaria de Bem-Estar Animal realizou o resgate de 59 cachorros ainda no local, sendo que seis estavam em estado clínico crítico, necessitando de atendimento veterinário imediato.

De acordo com a proprietária da casa,  apenas 10 cães seriam de sua responsabilidade, enquanto o restante pertenceria ao filho, de 38 anos, que já havia sido preso em 2024 por maus-tratos a animais em circunstâncias semelhantes.

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi acionada para documentar as condições do local, que funcionava de forma totalmente clandestina e sem qualquer autorização sanitária ou legal.

As investigações continuam, e os animais restantes deverão ser resgatados nos próximos dias. Os suspeitos poderão responder pelos crimes de maus-tratos a animais, com agravante pela quantidade e gravidade das condições sanitárias em que os animais foram encontrados.