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CRIME EM PEIXOTO DE AZEVEDO

Réu por feminicídio chora em interrogatório; MP destaca 6 facadas, agressões e publicações ofensivas

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Em um interrogatório marcado por choro, contradições e silêncio diante de perguntas diretas, o réu Wendel dos Santos Silva, de 38 anos, acusado de matar a noiva Lediane Ferro da Silva, de 43 anos, a facadas, prestou depoimento nesta quinta-feira (18) durante o julgamento no Tribunal do Júri da Comarca de Peixoto de Azevedo. O crime ocorreu em abril de 2023, em contexto de violência doméstica. A sessão é presidida pelo juiz João Zibordi Lara. A mulher foi golpeada seis vezes com uma faca no momento em que estava servindo seu almoço na cozinha de sua casa.

Logo no início de seu interrogatório, Wendel assumiu a autoria do crime e afirmou que responderia a todas as perguntas. Chorando, contou detalhes do relacionamento de cerca de cinco anos com a vítima, marcado, segundo ele, por reconciliações e conflitos constantes.

Um dos pontos que chamou a atenção no depoimento foi o relato envolvendo as alianças de compromisso. Wendel afirmou que Lediane havia comprado os anéis em seu cartão de crédito, mas pedia que ele ajudasse a pagar a fatura. Em determinado momento, após ver uma foto de mãos com alianças no celular dela, ele questionou se os anéis seriam usados com outra pessoa. Ela teria dito que cada um poderia usar com quem quisesse, já que havia pago. Pouco depois dessa discussão, segundo o réu, ocorreu o ataque.

“Eu pedi as alianças, ela disse que não ia dar… eu só lembro de ter pegado a faca”, disse, aos prantos, ao ser pressionado pela promotora a relatar o momento das facadas.

Ainda durante o interrogatório, a promotora relembrou que o réu já havia agredido Lediane dois meses antes do crime, com um mata-leão, e que publicou ataques contra a vítima em redes sociais após matá-la e fugir. No post, Wendel critica a Lei Maria da Penha e faz xingamentos à vítima, acusando-a de humilhá-lo. Ele confirmou a autoria da publicação, bem como de mensagens enviadas a uma amiga de Lediane, Ana Paula, nas quais também disparava acusações e ironias.

Questionado sobre por que permaneceu por cinco anos com Lediane se, segundo seu relato, era constantemente humilhado, o réu ficou em silêncio. A promotora insistiu:

“Por que não terminou, se a relação era tão ruim?”, perguntou. Wendel se calou mais uma vez, até afirmar que, no episódio do mata-leão, foi a própria Lediane quem pediu o fim do relacionamento.

A promotoria também questionou a mudança de narrativa de Wendel em relação à sua situação financeira. Em declarações anteriores, o réu teria afirmado que era garimpeiro e recebia cerca de R$ 6 mil mensais, mas no depoimento de hoje, adotou postura de vítima de dificuldades financeiras e emocionais.

A defesa de Wendel, conduzida pela advogada Tatiane Ferreira, buscou reforçar a versão de que o relacionamento era conturbado de ambos os lados. O réu declarou que o casal chegou a fazer terapia e que ele passava por crise de ansiedade após a morte do pai. Alegou ainda que Lediane o teria acusado, injustamente, de ser pai de seu próprio neto — filho da filha dele.

“Apesar de tudo, a gente ainda se amava. Estávamos em um momento difícil, mas voltamos a conversar e reatamos”, disse o réu, ao ser questionado sobre o motivo de ter retomado o relacionamento.

A promotora de justiça Andreia Monte Alegre Bezerra de Menezes começa sua fala citando a frase “Uma imagem vale mais do que mil palavras” e exibe o vídeo que mostra o momento em que Lediane é esfaqueada por Wendel. As imagens mostram o réu esfaqueando a vítima, quando o filho dela aparece na cozinha, ele ameaça o então enteado com a faca. O rapaz foge. Wendel dá outras facadas e pisa no corpo da vítima com violência. O réu pega a faca e sai.

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