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PRIMAVERA DO LESTE

Três indígenas morrem por falta de atendimento em MT; aldeia denuncia descaso

Thalyta Amaral

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Três indígenas da etnia Xavante, da aldeia Sangradouro, em Primavera do Leste (231 km ao sul de Cuiabá), morreram neste ano após sofrerem com a falta de atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. Segundo a comunidade, a negligência é recorrente e pode provocar novas mortes se providências não forem tomadas.

De acordo com os indígenas, quando procuram a UPA enfrentam situações de descaso e até discriminação por parte de profissionais. Entre os casos relatados está o de uma criança com neuropatia que foi barrada no box de emergência e faleceu nos braços de uma enfermeira, após sofrer uma convulsão.

A segunda morte registrada foi a de uma mulher de 32 anos, diagnosticada com cirrose hepática. Mesmo sendo um caso prioritário, ela permaneceu por mais de quatro horas aguardando atendimento médico. A demora agravou seu estado de saúde e ela não resistiu.

Outro caso trágico foi o de um jovem que morreu enquanto esperava atendimento na recepção da unidade, sentado em uma das cadeiras, sem receber assistência médica.

Diante da gravidade das denúncias, a Câmara Setorial Temática (CST) da Assembleia Legislativa divulgou uma nota de repúdio aos atendimentos prestados aos indígenas no município. O colegiado informou ainda que irá acionar os órgãos competentes e solicitar informações formais por meios jurídicos, cobrando providências imediatas.

“Não podemos permitir que vidas continuem sendo perdidas por descaso e discriminação. A saúde é um direito fundamental e deve ser garantida a todos, sem distinção. Vamos cobrar da prefeitura e dos órgãos competentes respostas imediatas e medidas que assegurem o respeito e a dignidade dos povos indígenas”, afirmou a presidente da CST, Paula Veloso.

A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), vinculada ao Ministério da Saúde, é o órgão responsável por coordenar as políticas públicas voltadas ao atendimento médico dos povos indígenas no Brasil. Já no nível municipal, cabe à gestão local assegurar que a rede de urgência e emergência esteja preparada para atender qualquer cidadão em situação de risco.

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