O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta semana que o Brasil vive um momento histórico na produção de alimentos, resultado da combinação entre políticas públicas eficientes, condições climáticas favoráveis e sustentabilidade ambiental. Segundo ele, os números da safra 2024/2025 comprovam a força do agro brasileiro, com recorde de 350,2 milhões de toneladas de grãos e mais de 1,2 bilhão de toneladas na produção agropecuária total.
“É um momento muito especial. Tivemos um clima regular, com as bênçãos divinas, e políticas públicas que se mostraram eficientes”, declarou o ministro.
Fávaro destacou que, além dos grãos, a produção inclui cerca de 650 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 70 milhões de toneladas de proteínas animais, 70 milhões de toneladas de frutas, além de celulose e outros produtos agrícolas. Para o ministro, o desempenho do setor foi decisivo para frear a inflação de alimentos, ampliar o acesso da população à comida de qualidade e retirar o Brasil do Mapa da Fome.
“Cada vez mais os preços estão caindo, e o alimento seguro está chegando à mesa do povo”, pontuou.
O ministro também exaltou a atuação da diplomacia brasileira na abertura de 437 novos mercados internacionais, o que ampliou as exportações e reduziu o impacto de barreiras tarifárias impostas por outros países.
Produção recorde sem desmatamento
Fávaro reforçou que o crescimento da produção ocorre com responsabilidade ambiental, sem ampliar o desmatamento na Amazônia e no Cerrado. A estratégia, segundo ele, é recuperar áreas degradadas e transformá-las em zonas produtivas de alto rendimento, por meio do programa Caminho Verde Brasil, que já recuperou 5 milhões de hectares e oferece crédito subsidiado para práticas sustentáveis.
A meta é recuperar até 40 milhões de hectares de pastagens improdutivas em dez anos, sem a necessidade de avançar sobre florestas nativas.
Brasil chega à COP 30 com moral
Em preparação para a COP 30, que será realizada em Belém (PA) em 2025, o ministro afirmou que o Brasil apresentará ao mundo seu sistema de produção com certificação, rastreabilidade e boas práticas socioambientais reconhecidas internacionalmente.
“Vamos mostrar que somos os guardiões das boas práticas. O mundo exige responsabilidade, e o Brasil entrega. Não vamos aceitar julgamentos desleais sobre nossa produção”, afirmou Fávaro.
Livre da febre aftosa
Outro ponto de destaque é o reconhecimento internacional do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação, após mais de 60 anos de combate à doença. A certificação foi entregue pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em Paris, em junho, durante evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Agora podemos acessar mercados mais exigentes e mais valorizados, como o Japão, que o Brasil tenta alcançar há mais de duas décadas”, concluiu o ministro.