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CUNHO POLÍTICO

CS Mobi falta à oitiva da CPI do Estacionamento e culpa “embate midiático” com prefeito

Kamila Araújo

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A CS Mobi, concessionária responsável pelo sistema de estacionamento rotativo em Cuiabá, não compareceu à reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o contrato firmado com a Prefeitura. A sessão estava marcada para esta quarta-feira (24), na Câmara Municipal, mas a empresa justificou a ausência por meio de uma nota enviada ao colegiado.

No comunicado, a concessionária alegou que já contribuiu com as investigações em fases anteriores, por meio de documentos, ofícios e reuniões. Segundo a empresa, a decisão de não comparecer desta vez se deve ao “clima de confronto” gerado pelas declarações do prefeito Abílio Brunini (PL), que também participaria da sessão.

“Dado o atual contexto de manifestações altamente desrespeitosas, inverídicas e combativas do Sr. Prefeito, declinaremos do convite”, afirmou a empresa, que reforçou, no entanto, estar à disposição da CPI e de órgãos de controle para prestar esclarecimentos “em estrita observância ao ordenamento jurídico”.

Troca de acusações

A ausência ocorre em meio a uma escalada de críticas do prefeito Abílio à gestão do contrato. O chefe do Executivo municipal tem afirmado publicamente que o acordo com a CS Mobi representa um “risco de dano irreversível” às contas públicas, podendo comprometer o orçamento do município por até 30 anos.

Segundo Abílio, a concessionária já teria retirado mais de R$ 17 milhões dos cofres públicos, sendo R$ 5 milhões apenas nas últimas semanas, sem que a Prefeitura pudesse contestar os valores.

A CS Mobi, por sua vez, rebateu as acusações, afirmando que as declarações do prefeito “não correspondem à realidade”. De acordo com a empresa, o problema estaria, na verdade, no inadimplemento da Prefeitura, e não no contrato em si.

Investigação e valores cobrados

Instaurada em janeiro de 2025, a CPI foi criada após o próprio Abílio Brunini denunciar supostas irregularidades na execução contratual. O prefeito chegou a tentar romper o vínculo com a CS Mobi, mas a empresa reagiu cobrando uma indenização de R$ 135 milhões, valor que a gestão municipal recusou-se a pagar.

O principal objetivo da comissão é apurar possíveis descumprimentos contratuais e prejuízos ao erário, como a suposta vinculação da Prefeitura como fiadora de um empréstimo assumido pela concessionária.

A CPI tem prazo até o dia 10 de outubro para concluir os trabalhos. Até lá, novos depoimentos, oitivas e documentos devem ser analisados para embasar o relatório final, que poderá apontar responsabilidades e propor medidas legais ou judiciais.

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