CONDENAÇÃO DE 37 ANOS AO RÉU
Família de Cristiane Castrillon vê condenação como passo para encerrar ciclo de dor
A família da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni se manifestou após a condenação do ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis a 37 anos de prisão pelo crime que vitimou Cristiane em agosto de 2023, em Cuiabá. Em nota divulgada na noite de quinta-feira (25), os familiares afirmaram que acompanharam todo o processo “com serenidade” e que a decisão da Justiça representa um marco no enfrentamento da dor causada pela perda.
“Confiamos no trabalho da Justiça e entendemos que este é um passo importante para encerrar um ciclo de dor, preservando a memória de Cristiane como mulher, amiga, mãe, filha, irmã e profissional exemplar. Sua vida será sempre lembrada por todos que tiveram a oportunidade de conhecê-la”, diz o comunicado.
O texto ainda agradece às autoridades, à imprensa e a todos que ofereceram apoio desde o crime, destacando a importância da solidariedade nesse período.
A condenação
O júri popular realizado no Fórum de Cuiabá, sob presidência da juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, condenou Almir Monteiro a 36 anos de reclusão e 1 ano de detenção, além do pagamento de 20 dias-multa, pelos crimes de estupro de vulnerável, feminicídio e fraude processual. Ele foi absolvido apenas da acusação de ocultação de cadáver.
A magistrada determinou que o réu siga preso e cumpra a pena em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.
O caso
Segundo a denúncia do Ministério Público, Cristiane foi violentada e morta dentro da residência do ex-policial na madrugada de 13 de agosto de 2023. O crime teve como agravantes o motivo torpe, o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e a tentativa de simular uma cena para atrapalhar as investigações.
A morte da advogada gerou forte comoção em Mato Grosso, sobretudo entre familiares, colegas e amigos, que agora veem na decisão da Justiça um caminho para preservar a memória da vítima.