MOBILIDADE URBANA
“A gente não tem efetivo para atender toda essa demanda”, admite Abílio sobre falhas na Semob
Thalyta Amaral
O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), admitiu nesta segunda-feira (22) que o número de agentes de trânsito da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) é insuficiente para atender às necessidades da capital, especialmente em razão do grande número de obras em andamento. “A gente não tem efetivo suficiente para atender toda essa demanda”, reconheceu.
Atualmente, Cuiabá possui mais de 515 mil veículos em circulação e enfrenta 27 pontos considerados críticos no trânsito, além de registrar uma média de 90 acidentes por mês. Para atender a essas demandas e ainda cobrir eventos que exigem intervenções viárias, a Semob dispõe de menos de 200 agentes, popularmente conhecidos como “amarelinhos” em referência à cor do uniforme.
“A gente tem bastante agentes de trânsito nas ruas. Eles estão principalmente nos lugares que estão no maior conflito de sinalização. Aonde está sinalizado, não há necessidade”, defendeu o prefeito.
Ele também destacou que, apesar dos esforços, o número reduzido de servidores compromete a abrangência do trabalho. “Os agentes estão fazendo o seu papel dentro daquilo que é possível, só que são muitos pontos de intervenção, muitos pontos de obra, muitas conexões e a gente não tem efetivo para atender toda essa demanda. Mas, acredito que com o tempo as coisas vão se acertando e a gente vai colocar as coisas em ordem”, pontuou Abílio.
Grande parte dos transtornos no trânsito é provocada pelas obras de mobilidade urbana em andamento, como a do BRT (Bus Rapid Transit), que promete reorganizar o transporte coletivo na região metropolitana de Cuiabá e Várzea Grande. Embora criticado por motoristas e comerciantes devido aos impactos diários, o projeto é considerado estratégico para modernizar a mobilidade da capital.
“É melhor o transtorno de uma obra em andamento do que a gente ter o transtorno de uma obra parada. Eu prefiro a gente passando por toda essa dificuldade, mas que as obras sejam concluídas e logo a gente retorna à normalidade”, argumentou o prefeito.