Piloto de moto usada em execução de personal trainer diz ter recebido R$ 500 pelo serviço

Vitor Hugo de Oliveira Silva, piloto da motocicleta usada no assassinato da personal trainer Rozeli Nunes, afirmou à polícia que recebeu R$ 500 pelo serviço de transporte no dia do crime, mas alegou não saber que participava de um plano de execução.

Rozeli foi morta com seis disparos de arma de fogo na manhã de 11 de setembro, por volta das 6h, por disparos efetuados pelo soldado da Polícia Militar Raylton Mourão, que já está preso e confessou o crime. Segundo ele, após um demônio ‘ficar’ três dias o atormentando sobre a ação criminosa.

De acordo com declarações prestadas por Vitor, ele foi acionado por Raylton para realizar uma “missão” e passou para buscá-lo em casa por volta das 3h30 da madrugada. Ainda segundo ele, os dois seguiram juntos até o local do crime, mas o piloto disse não saber qual seria o objetivo final da ação. Ele também declarou que trabalha com o soldado desde 2002, em uma empresa pertencente ao policial militar.

Vitor Hugo foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) ao tentar chegar à cidade de Cáceres (MT), durante uma suposta tentativa de fuga. Atualmente, ele está preso em Cuiabá, à disposição da Justiça. Já o soldado Raylton Mourão permanece detido na sede da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas), também na capital.

A motivação do crime seria uma demanda judicial. Rozeli havia acionado judicialmente o casal por conta de um acidente de trânsito ocorrido em março.

A personal trainer havia movido um processo por danos morais e materiais, no valor de R$ 24,6 mil, contra Raylton e Aline. A ação judicial foi movida após um caminhão-pipa da empresa Reizinho Água Potável, de propriedade do casal, atingir e danificar o carro de Rozeli.

Segundo os documentos da ação, a vítima tentou resolver a situação amigavelmente, mas não houve interesse dos responsáveis em negociar. Diante da recusa, ela entrou com a ação, cobrando R$ 9,6 mil pelos danos ao veículo e R$ 15 mil por danos morais.

O assassinato ocorreu dias antes do processo ser julgado.