Acompanhe nossas noticias

The news is by your side.

SEM SAÍDA

Brunini acusa gestão Emanuel Pinheiro de inflar orçamento em R$ 500 milhões e causar rombo em Cuiabá

Da Redação

0

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), voltou a criticar duramente a gestão anterior de Emanuel Pinheiro (MDB) e afirmou que o ex-prefeito inflou artificialmente a Lei Orçamentária Anual (LOA), incluindo uma previsão irreal de R$ 500 milhões em receitas que nunca se concretizaram. Segundo Brunini, esse erro gerou um grave desequilíbrio fiscal que compromete os investimentos da atual administração e afeta diretamente o funcionamento dos serviços públicos na capital.

“Ele [Emanuel Pinheiro] colocou uma expectativa de receita quase R$ 500 milhões acima do que era realmente possível. Só pra ter uma ideia, temos hoje mais de R$ 500 milhões de restos a pagar deixados por ele e sem nem saber de onde tirar os recursos. Ele vinculou despesas a uma projeção que nunca se realizou. Isso é irresponsabilidade fiscal”, denunciou o prefeito durante entrevista nesta semana.

Brunini também destacou que, ao alertar vereadores sobre a inconsistência dos números, foi ignorado: “Eu dizia, ‘não aprovem essa LOA agora, não do jeito que está’. Mas aprovaram. Agora estamos lidando com as consequências”, afirmou.

Déficit bilionário e serviços sem pagamento

A atual gestão estima encerrar o ano com um déficit fiscal de R$ 364 milhões, conforme dados da nova LOA enviada à Câmara Municipal. De acordo com o prefeito, a situação é ainda mais crítica do que aparenta nos números: “Tem mais de R$ 500 milhões que sequer foram empenhados. Prestadores de serviço que trabalharam e não receberam, obras executadas sem contrato, e nem previsão de pagamento”, revelou.

Além disso, o prefeito afirma que já está organizando uma apresentação técnica com dados oficiais para ser levada ao Tribunal de Contas e à Câmara Municipal, detalhando a real situação financeira herdada. “A imprensa e a população merecem saber a verdade com base em números concretos. Tem muito serviço que foi feito e que não tem nem perspectiva de pagamento. Isso afeta todas as secretarias. Obras paradas, serviços interrompidos…”, lamentou.

Custo da irresponsabilidade

Um dos maiores rombos identificados pela atual gestão diz respeito ao subsídio do transporte coletivo. Para 2024, foram previstos R$ 100 milhões para a gratuidade no transporte público, mas os custos reais devem ultrapassar R$ 210 milhões – mais que o dobro do que estava no orçamento. A prática, segundo a equipe econômica, viola a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Outro ponto crítico é a existência de quase R$ 500 milhões em dívidas assumidas sem empenho – ou seja, sem o devido registro orçamentário, o que torna os débitos ilegais e impagáveis dentro das regras fiscais. “É como assinar um cheque sem ter saldo em conta”, comparou um técnico da atual gestão.

Próximos passos

O prefeito prometeu adotar medidas de contingenciamento para evitar o colapso financeiro da prefeitura e priorizar o pagamento de salários, especialmente dos servidores e empresas terceirizadas. “Nosso foco, neste momento, é garantir que ninguém fique sem salário. Mas isso tem um preço: menos investimento na cidade. É doloroso, mas necessário”, afirmou.

Com o orçamento de 2026 prevendo R$ 5,3 bilhões de receita e R$ 5,6 bilhões de despesa, a diferença será coberta com ajustes fiscais e possível reestruturação de contratos, além da busca por apoio estadual e federal.

“Estamos pagando a conta de uma gestão que maquiou os números para parecer equilibrada. Agora, cabe a nós sermos transparentes e encontrar soluções reais para salvar Cuiabá”, concluiu Brunini.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você está ok com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceitarconsulte Mais informação